Em tempos de redes sociais, os candidatos terão de enfrentar um adversário, no mínimo, desagradável nas Eleições 2018 do próximo dia 7 de outubro: as fake news, ou em português, notícias falsas. 

Em entrevista à Sagres 730 no programa Manhã Sagres desta terça-feira (14), o especialista em fake news, Arthur Igreja, da Fundação Getúlio Vargas, analisa que as redes sociais irão influenciar o resultado do pleito, mas não terão poder para definir. 

“Vale lembrar que (na França) Macron foi mais habilidoso nas redes em engajar os jovens, é uma eleição muito mais digitalizadas, e foi por uma margem muito pequena que ele foi para o segundo turno, em que se destacou. Em eleições muito apertadas, assim como nos Estados Unidos, que a margem de votos foi minúscula na maioria dos estados, eu não diria que decidir, agora influenciar e ser um grande fator na reta final, sim”, argumenta. 

Questionando se a estrutura montada pelo candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) é de definição ou apenas de influência, Igreja brinca, e diz que os eleitores saberão em 54 dias.

“Nós teremos a entrada da TV e Rádio, dos comícios, então, visivelmente, ele é o maior influenciador online. Agora, o poder que isso vai ter na reta final ainda é muito cedo para dizer”, avalia.

Arthur Igreja explica uma forma simples que pode ajudar a identificar uma notícia falsa sendo compartilhada na internet.

“Via de regra, a notícia falsa tem um título extremamente chamativo e escandaloso. As pessoas batem o olho no título e acabam compartilhando entre seus amigos. Isso vai se alastrando como se fosse um vírus. O fato de haver perfis falsos dos candidatos faz parte desta estratégia de uma rápida proliferação de notícis falsas. Fica difícil para jornalistas e para o público em geral. É muito importante checar as fontes, não sair lendo, consumindo e compartilhando essas notícias. Em épocas de incertezas, temos que confiar cada vez mais em veículos que são mais estabelecidos e que têm jornalistas que fazem esse trabalho de checagem da informação”, adverte.

Ouça a entrevista na íntegra

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