Em 2020, o mundo mudou. O novo Coronavírus promoveu contornos diferentes a uma realidade que hoje muitos almejam ter de volta. Restrições, medo, perdas marcaram o ano, que encerra com um alívio: a esperança de vacina.

A origem do vírus em um mercado de animais vivos, na China central, fechou a cidade de Wuhan. Em 9 de janeiro, um idoso de 61 anos morreu com a doença na cidade. No final do mês, os casos começaram a crescer de forma descontrolada. Na época, havia 7,7 mil casos e 170 mortes na China. No Brasil, o Ministério da Saúde investigava nove casos suspeitos.

No início de fevereiro, brasileiros que moravam em Wuhan – epicentro do surto – pediram para voltar ao Brasil. O Governo Federal anunciou uma operação para trazê-los e a Base Aérea de Anápolis foi escolhida para abrigar os 34 repatriados e 24 integrantes das equipes de apoio. Os dois aviões vindos da China pousaram em Anápolis no dia 9 de fevereiro. Nenhum deles testou positivo. Após 14 dias de quarentena, elas puderam deixar a Base Aérea.

Em março, o Brasil tomou conhecimento da primeira morte provocada pela Covid-19. Um homem de 62 anos, que estava internado em São Paulo. No dia 26, Goiás registrava a primeira morte por Covid-19: uma idosa de 66 anos de Luziânia. Com a disseminação rápida, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificava a disseminação da Covid-19 como uma pandemia.

No dia 15 de março, as aulas presenciais em Goiás foram suspensas. Dois dias depois, o estado fechou lojas, bares e restaurantes por 15 dias. Postos de gasolina, farmácias e ficaram abertos. Cidades turísticas foram impedidas de receber turistas.

No início de abril, a higiene frequente das mãos com água e sabão ou álcool foi recomendada por vários especialistas para combater o vírus. A OMS passou a avaliar que as máscaras podiam ser uma estratégia de combate à pandemia.

Uma cena de filme de terror foi exposta ao mundo. Guayaquil, cidade mais castigada pelo novo coronavírus no Equador, não tinha caixões para tantos mortos. Corpos ficaram amontoados nas calçadas. Os hospitais entravam em colapso.

Com o número de casos aumentando gradativamente, o governo de Goiás iniciou o processo de implementação de Hospitais de Campanha. No dia 5 de junho, com a presença de Jair Bolsonaro, a primeira unidade especializada no atendimento aos pacientes com a Covid-19 foi inaugurada em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.

Ainda no mesmo mês, a Prefeitura de Goiânia publicou um novo decreto que permitia a reabertura dos shoppings centers, camelódromos, galerias, centros comerciais, os setores varejista e atacadista e os espaços onde atuavam profissionais liberais. A liberação era condicionada a adoção de medidas de segurança como o uso de máscara, e a redução do limite de capacidade dos estabelecimentos.

Nesse meio tempo foram surgindo medicamentos que, mesmo sem comprovação científica de eficácia, eram vendidos como um tratamento da Covid-19. Entre os candidatos estavam a cloroquina e a hidroxicloroquina, usadas para tratar doenças autoimunes e alguns tipos de malária.

Em outubro, o prefeito eleito por Goiânia, Maguito Vilela (MDB) foi contaminado com a doença. Depois de um agravamento no quadro pulmonar, ele foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde permanece até hoje.

Em novembro, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) liberou a retomada das aulas presenciais nas escolas de todo o estado com de segurança. Mais tarde, o prefeito da Capital, Iris Rezende, seguiu o mesmo caminho e autorizou a retomada das aulas presenciais

O último mês do ano trouxe um suspiro de alívio: a vacina contra a Covid-19. No dia 8, Margaret Keenan, se tornava a primeira pessoa no mundo a receber a vacina de Pfizer e BioNTech, no Reino Unido. O país europeu é o primeiro a iniciar campanha de vacinação. Em Goiás, Ronaldo Caiado anunciou que a vacinação deve começar em fevereiro de 2021. A expectativa é vacinar metade da população do estado no próximo ano.