A reabertura do comércio em Goiânia, incluindo os shoppings centers e Região da 44, foi novamente tema de reunião nesta quinta-feira (28) no Gabinete de Crise Covid-19 da Prefeitura Municipal, com a presença de representantes de cada setor.

Comércio e shoppings reabrirão no dia 6 de junho, enquanto a Região da 44 retornará às atividades uma semana depois, no dia 13.

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, a decisão sobre o retorno das atividades se baseará em um protocolo com medidas rígidas para evitar a disseminação do coronavírus.

“Esse protocolo se estende até o final da pandemia, uma vez que nós temos segmentos que são de baixo risco para a disseminação da doença, de médio risco e de alto risco”, afirma em entrevista ao repórter Rafael Bessa, da Sagres.

Fátima Mrué destaca a dificuldade de fiscalização dos estabelecimentos comerciais nas últimas semanas, que têm desrespeitado o escalonamento e até mesmo o decreto do governo estadual.

“O principal objetivo nosso é que essa situação que nós vivenciamos hoje seja corrigida. O que nós vivemos hoje? Nós temos segmentos que deveriam estar fechados por decreto e, no entanto, não há esse cumprimento. A dificuldade de fiscalização é muito grande porque os segmentos são muitos”, avalia.

De acordo com a secretária, o retorno das atividades será avaliado semana a semana, juntamente com o monitoramento da curva do coronavírus na capital.

“Se os resultados forem superiores, aí nós temos um sinal verde de prosseguir da mesma maneira responsável. Lembrando que, o principal para nós é não tomar nenhuma medida que possa aumentar o índice de transmissão da doença. Esse é o foco principal”, pontua Mrué.

Retorno de comércio, shoppings centers e Região da 44

Jairo Gomes (Foto: Nathália Freitas/ Sagres Online)

Segundo o presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), Jairo Gomes, destaca as principais das 24 restrições que deverão ser aplicadas para reabertura do comércio na região.

“A não vinda do turista de compra, isso eu digo que é 70% do público que viria a Goiás e deixa de vir, vamos trabalhar com um público de 25% a 30%. E o não estacionamento de nenhum veículo na região das ruas do pólo de confecção faz com que aumente os espaçamentos para que o turista de compra ou as pessoas estarem ali locomovendo”, afirma.

Entre outras medidas para a reabertura do comércio estão a obrigatoriedade do uso de máscara, utilização e disponibilização de álcool gel, tapete sanitário para sanitização dos calçados, lavagem das ruas da região e distanciamento entre pessoas por pelo menos 2 metros, além do escalonamento de horários do transporte coletivo.

“Vamos trabalhar das 10h da manhã às 16h, então vamos colaborar com o serviço de ônibus na cidade. O nosso colaborador pode chegar um pouco mais tarde e vai sair muito mais cedo. Então são várias restrições que a gente entende que é a maneira que nós empresários estamos dando para a Prefeitura de Goiânia a sinalização que estaremos fazendo a coisa com muita segurança e responsabilidade”, pontua.

Jairo Gomes acrescenta ainda a data de retorno das atividades na Região da 44. “Dia 13 [de junho] a 44 estará de volta. Depois de 70 dias, é uma notícias maravilhosa, saímos aliviados e esperamos que se cumpra que dia 13 o maior pólo de confecção do Centro-Oeste, o maior empregador de Goiás de novo ao trabalho”, conclui.

“Goiânia precisa voltar a funcionar, obviamente dentro de novos moldes. A gente ficou hoje o dia inteiro aqui, várias reuniões. E felizmente a gente tem essa notícia que é uma data, que é tudo aquilo que o empresário desejava. Uma data para que ele saiba como e quando ele vai poder retornar às suas atividades. A prefeitura trabalhou muito, se desdobrou bastante para chegar nessa data, e a gente respeita o trabalho técnico feito pela prefeitura e, felizmente, a gente já pode ver no horizonte uma abertura gradual desse comércio a partir do dia 6 [de junho] com algumas atividades, por exemplo os shoppings centers e já no dia 13 a Região de 44 com suas galerias voltando a funcionar, restaurantes e tudo mais”, afirma.

Questionado sobre as feiras especiais como a Feira Hippie, Policarpo disse que ainda não foi definida uma data e regras para o retorno, mas espera que sejam definidos na próxima semana.

“O que a gente deseja é que na próxima segunda-feira (1º) a gente possa ter datas também para o retorno e quais serão as regras dessas feiras especiais”, conclui.

Também à Sagres, na manhã de hoje (28), a Associação da Feira Hippie diz que vai recorrer à Justiça se não houver flexibilização.