Luciano Leão, Coordenador da Central de Transplantes, afirmou à repórter Nathália Lima que o número de doadores é suficiente, mas as doações acabam não sendo realizadas. Segundo ele, as UTI’s deveriam notificar a Central os casos de morte encefálica, e que muitas vezes não o fazem, perdendo então a oportunidade de abordar a família para conseguir a autorização para doação.
“Durante a manutenção do doador em morte encefálica nas UTI’s, nós perdemos muitas doações por demora, ou pelas dificuldades das UTI’s, o coração deixa de bater e não se pode aproveitar mais nenhum órgão”, argumenta.
O Coordenador ressalta que só se pode retirar um órgão de um paciente com a morte encefálica com autorização dos familiares.
Este ano em Goiás já se realizou 388 transplantes de córnea, 62 de rim, e 24 de medula óssea, mas as filas de espera são grandes. Somente de córnea, estima-se que são mais de 1.600 pessoas esperando.
Para que se melhores as condições relativas ao transplante de órgãos em Goiás, foi realizada uma reunião, onde o Promotor de Justiça Marcelo Celestino apresentou soluções que devem ser adotadas pelo Estado e pelos hospitais.
“Cobrar junto ao Ministério da Saúde a regularização e autorização de alguns procedimentos, além de criar uma campanha para incentivar as doações, com engajamento das instituições, pois depende do compromisso do Estado para ter a capacitação de suas equipes”, aponta.