Após nova reunião do comitê de crise do coronavírus da Prefeitura de Goiânia nesta segunda-feira (25), o vereador e líder do prefeito Iris Rezende na Câmara, Welington Peixoto, disse à Sagres que os clubes de futebol da capital podem, nos próximos dias, receber autorização para retornar às atividades, mesmo que apenas aos treinamentos. O parlamentar defende também a retomada das atividades no comércio, desde que tomem cuidados para evitar a disseminação do vírus.

“A grande maioria dos integrantes do gabinete de crise votou a favor dessa flexibilização, uma vez que os clubes treinam ao ar livre, não tem esse perigo. As próprias academias conseguiram na justiça. O que a gente não quer é esse embate jurídico. Acho que é possível flexibilizar com segurança, não só a questão do futebol, mas também outros comércios desde que sigam todos os protocolos de segurança”, afirma.

Goiânia possui 1.435 casos confirmados de Covid-19 e 42 óbitos, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo Welington Peixoto, a titular da Pasta, secretária Fátima Mrué, que esteve na reunião, demonstrou preocupação com o aumento dos casos na capital, mas que vai analisar o pedido dos clubes para retomar os treinamentos.

“Ela não deu garantias, demonstrou preocupação com o aumento dos infectados na cidade de Goiânia, no estado de Goiás, mas ela já mudou o discurso de que não queria de forma alguma. Ela já falou em analisar, já tem essa possibilidade”, relata.

O estado de Goiás tem o pior índice de isolamento social do país, de acordo com a empresa In Loco. Em Goiânia, o escalonamento para evitar aglomerações no transporte público não tem demonstrado eficácia. Para Welington Peixoto, o desrespeito às regras de distanciamento são agravantes para a crise.

“É melhor flexibilizar com segurança a deixar do jeito que está, achando que as pessoas estão ficando em isolamento, quando na verdade não estão. Se você olhar, supermercado virou shopping em Goiânia. Não está tendo realmente a segurança necessária que se esperava do isolamento”, avalia.

Para o parlamentar, atividades comerciais devem retornar, desde que sigam protocolos de segurança como higienização e controle de pessoas nos estabelecimentos.

“Não é só o Covid que vai matar. É o estresse, a fome, empresas que estão quebrando. Tem empresários aí que não têm a mínima assistência. A gente tem que preocupar também com esse pessoal que fomenta a economia da nossa cidade. Nossa preocupação é com a saúde sim, mas também com a parte financeira”, acrescenta.

Uma nova reunião foi marcada para quarta-feira (27) e pode definir o retorno das atividades na capital, assim como os treinamentos nos clubes.

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