Hoje estou aqui neste espaço dentro do Sagres Online para compartilhar com vocês uma experiência vivenciada no último domingo (14), em Brasília. Pude acompanhar uma exibição cultural de batalha de rimas que ocupa áreas tão potentes da nossa vida, como cultura, arte, poesia, rima, esporte, oportunidade e transformação social.
O evento me fez conectar a dois momentos de muita reflexão em minha trajetória. O primeiro, ainda na escola, estudar e interpretar – nas aulas de literatura da profª Cleide – toda a técnica (redondilhas, sonetos e por aí vai…) e a intenção aplicada a cada poesia, a cada rima e a também as suas rupturas. Ao final, todos eram jovens idealistas que queriam apenas dar voz a suas inquietações, sofrimento, amores, dessabores e reflexões sobre o contexto sociopolítico.
O segundo consiste no reconhecimento diário da força que a cultura e o esporte têm de gerar impacto e transformação na vida das pessoas. Ao mesmo tempo que ser um atleta profissional pode significar a chance de romper ciclos geracionais de pobreza, a não consolidação deste sonho pode se tornar um oceano de desesperança e de falta de perspectiva.
A aposta muita alta em um sonho, que se não consolidado, pode se tornar um grande pesadelo individual, familiar e por que não coletivo. Nos últimos seis anos, tenho dedicado a estudar métodos, meios e iniciativas que promovam protagonismo, esperança e oportunidade, permitindo que o encerramento do ciclo esportivo antes do sonhado, não signifique uma falta de propósito.
É daí que surgem iniciativas como o Olympism365 do Comitê Olímpico Internacional (COI), o Futebol de Três Tempos, uma iniciativa colombiana para combater o narcotráfico e a Freestyle Master Series (FMS), idealizada pela Urban Roosters em solo europeu. Esta última tem mobilizado jovens na Espanha, América hispano-hablante e agora chega ao Brasil em um circuito com cinco etapas, repleto de arte, cultura hip hop, rimas, esporte e transformação social.
O objetivo da FMS é a profissionalização das batalhas de rima freestyle no Brasil. A competição é organizada em pontos corridos onde os 12 atletas, que pertencem a Liga, disputam rodada a rodada, rima a rima, o título de melhor e mais criativo rimador. Os atletas são contratados pela liga e recebem um cachê mensal [cerca de R$ 3.000,00 e podendo ser maior à medida que vão aumentando suas conquistas].
O evento além de organização presencial. No domingo, cerca de 1000 pessoas estiveram presentes. Também existe a transmissão multiplataforma, onde cerca de 18 mil acompanharam simultaneamente. Há batalhas de rimas com cerca de 500 milhões de visualizações acumuladas. A próxima rodada está prevista para dia 11 de maio, em Salvador.
A estratégia da FMS se baseia em protagonismo, cultura/esporte, educação, suporte socioemocional e distribuição de renda como ferramentas de construção de oportunidades às juventudes. Pilares que estou acostumado a exaltar e que fazem parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – (Desenvolvimento Econômico Sustentável e Desenvolvimento Humano).
[COP À COP]
– FINANCIAMENTO VERDE. Os debates recentes em Dubai reacenderam a preocupação de organizar formas de financiamento das mudanças estruturais que priorizem modelos mais sustentáveis. O Brasil como líder do G20 desde dezembro de 2023 tem esta responsabilidade de pautar o tema. Instituições internacionais se reunem para reforçar a urgência de transformação urgente da trajetória das emissões de carbono para limitar o aumento da temperatura global.
– EDUCAÇÃO PRIVADA. A reportagem do jornal alemão Deutsche Welle sobre a educação brasileira revela, com base nos dados do PISA 2023, que as redes públicas (379) e as privadas (456), que ofertam serviços à educação básica, ficaram distantes da média global da pesquisa (472). A pandemia, o contexto familiar dos alunos e as diferenças entre as escolas são argumentos para explicar o desempenho brasileiro no exame internacional.
– STATUS DIREITOS HUMANOS. A Relatora Especial das Nações Unidas sobre a situação de pessoas Defensoras de Direitos Humanos, Mary Lawlor, está em missão no Brasil entre os dias 8 e 19 de abril de 2024. Durante sua visita, ela analisará o contexto das pessoas defensoras de direitos humanos no país e até que ponto elas podem realizar seu trabalho livremente e sem medo. Mary Lawlor se reune com autoridades, pessoas defensoras de direitos humanos, incluindo integrantes da sociedade civil, de organizações de base, povos indígenas, comunidades quilombolas, advogadas/os e jornalistas. A Relatora Especial apresentará o relatório da visita para o Conselho de Direitos Humanos em março de 2025.
– CURSO DE JORNALISMO. O Knight Center oferece a partir do dia 29 de abril um novo curso com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento de um jornalismo de soluções. O que significa que as notícias não devem apenas informar, mas oferecer solução aos seus leitores. As inscrições estão abertas e o curso tem previsão de 30 dias.
