O ex-técnico do Vila Nova, Robélio Schneiger, participou dos Debates Esportivos da Rádio 730 e confirmou que não assinou um novo contrato com a presidência atual. Robélio ressaltou que possui o contrato assinado na gestão do ex-presidente, Eduardo Barbosa, que prevê uma multa rescisória de R$ 500 mil. Schneiger está disposto a entrar em acordo com o clube colorado, mas aguarda contato dos dirigentes, que ainda não o procuraram.
“O contrato existe e está comigo. Eu tenho o contrato, se eles não tem eu não sei, mas eu estou garantido com isso. O contrato eu fiz até 2014 e existe a multa sim, vamos aguardar eles me chamarem, se não chamarem vejo o que a gente faz”, destacou. “Por enquanto eu só fui demitido, estou aguardando uma ligação deles”, completou.
Robélio criticou a falta de organização do Vila Nova e revelou que sua carteira de trabalho nunca foi assinada no clube. O treinador estava no time colorado desde o final de 2011, quando ainda era auxiliar técnico de Roberto Cavalo. Schneiger disse que se o advogado dele liberar, ele pode mostrar o contrato à imprensa.
Paulo Diniz e o Conselho
Uma das causas para a saída de Robélio Schneiger é a relação ruim que o treinador tem com os conselheiros do clube. Robélio ressaltou que o presidente do Conselho Deliberativo, Paulo Diniz, não gosta dele e queria tirá-lo do comando técnico desde o Goianão. “O Paulo Diniz não foi com a minha cara, ele não gosta de mim”, comentou.
Robélio considera presidente Marcos Martinez uma boa pessoa, mas acredita que ele não tem poder dentro do Vila. “Ele (Paulo Diniz) que manda em tudo, queria saber o que ele fez para ter essa moral toda”, avaliou.
Robélio voltou a criticar o conselho, segundo ele, os conselheiros quase não acompanham os treinamentos, mas querem dar palpites nas escalações e dispensas de jogadores. “Eles querem opinar, mandam embora, não querem nem saber”, revelou.
Jair Rabelo
Robélio voltou a dizer que o ex-diretor de futebol, Jair Rabelo, interfere na formação dos jogadores. De acordo com o técnico, Jair barra a vinda de jogadores por meio de alguns conselheiros. Ele revelou que grande parte dos conselheiros não queriam a contratação do atacante Pedro Júnior, mas o presidente bancou a contratação, contrariando o Conselho.