Identificação. Essa palavra tem sido rara no futebol atualmente, em que jogadores e treinadores trocam de time a toda hora. Não no caso de Róbston. O meia/volante está no Atlético há quase seis anos, e a relação dele com o clube rubro-negro o motiva ainda mais a lutar pela permanência na Série A.

“O Atlético não cai, qualquer um de vocês da imprensa, torcedores tanto de Vila, de Atlético, como de Goiás, podem falar o que quiser de mim depois do término da competição, mas o Atético não cai”, assegurou o meia, em entrevista ao programa “Hora do Esporte”, na RÁDIO 730. Róbston exalta a qualidade do grupo atleticano para justificar a grande confiança que tem na permanência do time na primeira divisão.

“Eu sinto no meu grupo, no dia a dia de trabalho, que todo mundo está querendo. A gente tem a certeza de que vocês da imprensa, os torcedores atleticanos principalmente, esperavam muito mais da gente na Série A, a gente deixou a desejar em muitos jogos, mas a gente sente quando o grupo está comprometido com a causa”, disse.

Ele ressaltou o que a manutenção do Atlético-GO na Série A representa para ele, particularmente. “Siginifica tudo, é um trabalho de seis anos desde quando eu cheguei aqui que o Atlético estava ainda estava ressurgindo, em 2005, 2006. Hoje eu sou mais do que um jogador, sou um torcedor fanático”, afirmou. Ele reforçou a identificação que ele e outros jogadores tem com o time justamente para responder algumas críticas.

“Às vezes o torcedores xingam a gente de pipoqueiro, xingam a gente de mercenário e de cachaceiro, mas não sabem o tanto que, não só eu, mas muitos que estão ali há cinco, seis anos torcem por esse clube, amam esse clube por tudo que fazem”, disse Róbston.

Complexo de inferioridade

O meia admitiu que o Atlético-GO se intimidou frente aos grandes times no início do Campeonato Brasileiro, e que isso influenciou muito nos resultados neste período. “Em determinados jogos eu senti isso sim, senti com medo, a gente inferior às outras equipes do campeonato”, reconhece. Entretanto, ele garante que esse panorama mudou, principalmente com a chegada de René Simões.

“Deu um novo ânimo, uma mudança de trabalho mesmo, onde a gente demorou um pouco pra se adaptar, mas quando a gente se adaptou a gente encaixou certinho”, reforçou. Essa e outras situações contribuíram, segundo Róbston, para que o Atlético-GO aprendesse as particularidades do campeonato.

“Acho que essa permanência nossa é fundamental, nós jogadores, diretoria, torcedores, acho que esse ano a gente aprendeu muito como é uma Série A. A nossa diretoria viu que tem que contratar, queira ou não queira, jogadores com uma certa experiência no futebol brasileiro”, analisou.