Jefferson – Vila Nova

Depois de quatro anos na Série B, o Vila Nova voltou a ser rebaixado para a terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Para muitos, as várias mudanças no comando técnico da equipe – cinco ao longo da temporada, entre Umberto Louzer, Eduardo Baptista, Marcelo Cabo, Rafael Toledo e Itamar Schülle – foram decisivas para o quarto descenso do clube à Série C nos últimos 13 anos.

Perguntado se a demissão de Marcelo Cabo foi um erro, quando o Vila Nova vinha de uma vitória e dois empates, Romário concorda e destaca que “vínhamos em uma crescente muito grande e pelo fator de não estar conseguindo ganhar em casa tomaram uma decisão precipitada, mas isso também faz parte do futebol. Não é só aqui que tem esses tipos de precipitações, mas que infelizmente acarretou em uma situação que ficou complicada”.

“Teve que assumir outra pessoa que tem outro tipo de planejamento, de padrão de jogo, que acabou não encaixando, com poucos jogos para tentar encaixar a filosofia dele com jogo em cima de jogo e sem tempo para treinar. Com o Marcelo, a equipe já estava treinada e encaixada, taticamente já sabia o que fazer e infelizmente foi tomada uma decisão que acabou prejudicando”, afirma o lateral-esquerdo.

Questionado sobre sua forma, Romário entende que “não é a questão do futebol do Romário. A função que faço como lateral, para ir bem o clube e o time precisam estar bem. É difícil um lateral se destacar em uma equipe onde as coisas não acontecem. Não faço muito além do que fiz no Atlético e no Ceará, a diferença é que a equipe teve êxito. Se você pegar meus números no Atlético, fechei a temporada jogando 29 jogos com uma assistência e um gol, aqui no Vila tenho uma assistência e só não tenho um gol”.

“Sou um dos que mais roubou bola do time do Vila Nova, que tem mais desarmes e interceptações, porém a equipe não desenvolveu. É fácil você colocar que o jogador não está em uma fase boa quando o clube não está bom, seria diferente se o Vila estivesse brigando por acesso e eu não tivesse desenvolvendo um bom futebol. Mas a equipe toda não desenvolveu, e quando o coletivo não desenvolve é difícil um jogador individualmente conseguir alguma coisa”, ressalta o defensor de 27 anos.