Buscado há duas décadas, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia ainda segue longe de um desfecho. De acordo com especialistas e organizações, existe desequilíbrio no tratado desejado por sul-americanos e europeus.

De volta ao protagonismo geopolítico, o Brasil vê com atenção a aproximação dos blocos. Segundo maior exportador de produtos agrícolas para o mercado europeu, um possível acordo com a UE traria vantagens no comércio internacional.

Nesse sentido, o tratado estudado prevê que as tarifas de exportação da América do Sul para a Europa sejam zeradas dentro de uma década. Por outro lado, os países europeus precisariam extinguir 91% das tarifas que impõem aos sul-americanos.

Entretanto, entre os benefícios à União Europeia, o mercado livre possibilita vantagens para o giro do mercado de exportação. Ademais, a redução do preço de exportações em grande quantidade, como veículos, maquinários, produtos químicos e farmacêuticos.

Abre aspas

Em meio à tentativa de aproximação de europeus e sul-americanos, está a Argentina. Envolvido em mais uma grave crise econômica, o país vive uma onda histórica de aumentos de preços, e a sua inflação já passa dos 100% ao ano.

A Argentina gasta muito mais do que recebe, déficit refletido no mercado interno, que ainda funciona com duas moedas – o peso argentino e o dólar. Nesse meio tempo, o presidente Alberto Fernández tem desaprovação superior a 70% e não tentará se reeleger.

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