Na edição de número 186 do podcast Sagres Internacional você confere tudo o que precisa saber sobre o pior conflito entre Armênia e Azerbaijão nos últimos dois anos. O podcast conta com a apresentação do jornalista Rubens Salomão e comentários do professor de História e Geopolítica, Norberto Salomão.

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O conflito entre os dois países asiáticos ocorre devido à disputa pelo controle da região de Nagorno-Karabakh, localizada entre ambos. Nesse sentido, o nome que essa região leva é reflexo do seu aspecto multiétnico. A palavra de origem túrquica Karabakh tem como significado “jardim negro”, enquanto a palavra Nagorno, que tem origem russa, significa “alto”, ou “montanhoso”. Nagorno-Karabakh, portanto, pode ser compreendida como uma região montanhosa dentro do território de Karabakh.

Contudo, a disputa não é uma novidade. Desde o início do século XX, quando esses territórios ainda pertenciam ao Império Russo, demarcações territoriais já eram um problema. Porém, por estarem sujeitos às ordens do império, a situação era controlada.

Com a Revolução Russa de 1917 e, consequentemente, a independência de Armênia e Azerbaijão, as disputas por poder se intensificaram. Com isso, sem um governo superior que fizesse o papel de controlar as negociações, ambos reivindicaram o território de Karabakh.

Apesar dos anos passados, entre momentos de paz com o governo Soviético e conflitos intensos nos anos 90, as nações voltaram a se confrontar nesta semana. Com eclosão na terça-feira (13), a Armênia anunciou que 136 pessoas morreram em confrontos com o Azerbaijão apenas esta semana. Assim, o número total de vítimas fatais chega a mais de 200 no pior conflito entre os dois países em dois anos.

Os dois lados se acusam mutuamente de terem interrompido o cessar-fogo que vigorava na região desde 2000, quando os dois vizinhos do Cáucaso se enfrentaram pelo controle da região de Nagorno-Karabakh. Naquele período, o embate resultou em mais de 6.500 mortes e na separação do enclave.

Abre aspas

O Sagres Internacional desta semana abre aspas para presidente da Ucrânia, Volodimiyr Zelensky, que anunciou nesta semana a recuperação de 6 mil quilômetros quadrados, em meio à guerra depois da invasão da Rússia, em fevereiro. A confirmação foi dada em vídeo postado das redes em que o ucraniano pede aos aliados equipamentos para aumentar a capacidade de seu país de se defender.

“Desde os primeiros dias de setembro até hoje, nossos guerreiros libertaram mais de 6 mil quilômetros quadrados do território da Ucrânia no Sul e no Leste. Os avanços de nossas forças continuam. Até agora, os propagandistas russos podem trabalhar nos países da África, Ásia, América Latina e Europa, que enfrentam graves ameaças e o maior caos, causados pelo preço e a crise energética criados pela Rússia”, afirma o presidente ucraniano.

Além disso, ele ainda complementa: “Nós ainda precisamos pedir ajuda para proteger nosso céu dos mísseis russos, depois de 200 dias de guerra em escala total. Nos últimos dois dias, o exército russo atacou nossa infraestrutura de energia. Centenas de ucranianos se encontram no escuro. Sem eletricidade”.

A Ucrânia iniciou uma série de contra-ofensivas ao longo das linhas de frente na região nordeste de Kharkiv e no sul em setembro. Na mensagem, Zelenskiy afirmou que a Rússia respondeu aos sucessos da Ucrânia no campo de batalha visando a infraestrutura civil. ‘É um sinal do desespero daqueles que inventaram esta guerra’, disse ele. Ataques russos no fim de semana danificaram o fornecimento de energia e água de Kharkiv, deixando partes da cidade sem energia.

Confira também nesta edição:

  • Guerra – os recentes avanços da Ucrânia
  • Modi, da Índia, critica Putin em público: ‘A era de hoje não é uma era de guerra, e falei com você ao telefone sobre isso’
  • Líder da China pede nova ordem mundial e se diz aberto a dialogar, mas defende aliança entre Pequim e Moscou contra Ocidente
  • Nos EUA, Bolsonaro terá reuniões com Polônia, Sérvia, Equador e Guatemala, diz Itamaraty

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