Saber lidar com seus sentimentos com inteligência emocional pode ser um grande desafio para algumas pessoas. A pressão do trabalho, juntamente com a vida pessoal e social desencadeiam uma série de sentimentos, sejam positivos ou negativos. Trabalhar com essas sensações de forma que elas não atrapalhem a pessoa é uma forma de obter inteligência emocional.

De acordo com a psicologia, inteligência emocional é a habilidade de entender e lidar com todos esses sentimentos pessoais e até mesmo de outras pessoas à sua volta. Por exemplo: se você já deve ter ido trabalhar triste com algo que ocorreu em sua vida pessoal, mas mesmo assim conseguiu cumprir seus deveres com excelência, você teve inteligência emocional para controlar seus sentimentos.

Historicamente, o naturalista Charles Darwin, no século XIX, é o primeiro a ter registros sobre o assunto. À época, o conceito ainda estava ligado somente à expressão emocional, com o instinto de sobrevivência e a adaptabilidade da teoria evolucionista.

Em seguida, já no século XX, surgiu pensamentos sobre inteligência social, que falava sobre o ser humano entender e motivar o próximo. O conceito de inteligências múltiplas também foi registrado no período, abordando aspectos intra e interpessoais.

Contudo, foi com o psicólogo Howard Gardner que a inteligência emocional teve as primeiras referências para ser definida como é atualmente. O profissional estudou sobre os próprios sentimentos, motivações e medos.

O conceito de inteligência emocional propriamente dito foi estudado somente nos anos 1990, pelos pesquisadores Peter Salovey e John D. Mayer na revista Imagination, Cognition and Personality.

Como ter inteligência emocional?

São vários os sentimentos e emoções que temos que lidar na vida profissional, pessoal, social, etc. Estudos dão conta de que são 27 emoções ao todo. Já outros teóricos falam em aproximadamente 50.

A questão é que as pessoas tratam as situações do cotidiano apenas como tristeza, alegria, medo ou raiva. Se alguma coisa não saiu bem para a pessoa, tratar apenas como um sentimento de tristeza fica difícil de dominar, além de ser algo mais complexo. Pode até ser que envolva tristeza, mas não se limita apenas a essa emoção.

O escritor Daniel Goleman, autor do best seller Emotional Intelligence de 1995, define cinco pilares da inteligência emocional, três são intrapessoais e os outros dois interpessoais.

Pilares da inteligência emocional

Conhecer suas emoções, ou seja, ter autoconsciência é o primeiro pilar da inteligência emocional. Aqui, a pessoa deve entender como as emoções surgem, de onde vêm e como se manifestam, se psicológicas com pensamentos, ou físicas, como arrepios, por exemplo.

Em seguida no segundo pilar, vem a autorregulação, isto é, controlar suas emoções. Passando pelo primeiro pilar, tendo autoconsciência, fica mais fácil controlar esses sentimentos. Algumas estratégias podem ser utilizadas para dominar as emoções, como conversar consigo mesmo ou ter um diário pessoal. O objetivo é lembrar que a pessoa tem escolha e o controle está em suas mãos.

O terceiro pilar trata de desenvolver a automotivação. A ideia é se motivar e manter esse sentimento. Para fazer isso, as emoções precisam ser usadas a favor da pessoa, com algum propósito pessoal ou profissional. O equilíbrio entre razão e emoção é o ideal.

Saindo da individualidade, o quarto pilar fala em desenvolver empatia. Entretanto, vai além daquela ideia de ‘se colocar no lugar do outro’, e sim reconhecer que as pessoas com que você se relaciona também têm sentimentos e precisam aprender a lidar com eles.

Por fim, desenvolver o relacionamento interpessoal é o quinto pilar para obter inteligência emocional. O ser humano tem a necessidade de se relacionar com outro e precisa entender como as competências sociais podem ser úteis.

*Este conteúdo está alinhado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU 03 – Saúde em bem estar

*Com informações da Fia Business School

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