Uma brasileira está entre as mulheres do ano escolhidas pela revista Time. A conceituada publicação americana, revista semanal de maior circulação do mundo, elegeu 12 “líderes extraordinárias que estão trabalhando para um mundo mais igualitário”.

É o caso de Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial. Acompanhada pelas atrizes Cate Blanchett e Angela Bassett e pela jogadora de futebol Megan Rapinoe, a jornalista e política brasileira foi destacada como sucessora do legado de sua irmã mais velha, Marielle, assassinada em março de 2018.

“A ministra da Igualdade Racial do Brasil nunca planejou entrar para a política. Então a sua irmã foi assassinada”, frisou a matéria que traz o perfil de Anielle. Jogadora de vôlei na adolescência, que a levou para os Estados Unidos, onde estudou inglês e jornalismo, se tornou ativista na busca por justiça pela morte de Marielle.

A irmã mais nova se tornou uma improvável líder do movimento pelos direitos dos negros no Brasil. “Agora 38, a mesma idade de Marielle quando morreu, Franco se encontra em uma posição muito mais proeminente do que a sua irmã imaginaria, com uma chance real de realizar o sonho de um Brasil mais justo”, pontuou a publicação.

Apesar de seguir uma pessoa cautelosa, Anielle afirmou que não pode ser reprimida e reforçou que “perdi o medo quando mataram a minha irmã. Agora eu luto por algo muito maior do que eu. “Espero que os negros assumam o lugar de protagonistas na nossa sociedade, e não apenas na primeira página dos jornais como vítimas de um genocídio”.

Somente assim o Brasil poderá se tornar “o lugar mais feliz” que o mundo pesava antes do assassinato de sua irmã e a presidência de Jair Bolsonaro, disse a titular da pasta recém-criada por Luiz Inácio Lula da Silva.

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