Estado ameaça sair da gestão do transporte coletivo. Foto: Prefeitura de Goiânia

A possível saída do Estado da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) não é vista com bons olhos por técnicos que atuam no sistema. Na avaliação do diretor técnico da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos CMTC, Benjamin Kennedy, a retirada do Estado da gestão da área de transporte poderia provocar uma “implosão”, inviabilizando a administração. Para o técnico, o Estado poderia agir como um conciliador entre conflitos municipais e um ordenador de politicas entre as cidades. Até que a discussão seja finalizada, não deve ocorrer aumento da passagem

“Na realidade a gente percebe é que se o Estado sair do processo, como o poder central da região metropolitana, o Estado saindo, praticamente implodiria nosso sistema de transporte, isso acarretaria muita dor de cabeça para o usuário, para as operadores do nosso sistema. Não podemos implodir o que temos aqui. Essa implosão em nada ajudaria ao usuário”, afirma. 

Para Benjamin Kennedy entende que o importante seria o fortalecimento da CDTC, com uma melhor distribuição das vagas entre os municípos da Grande Goiânia. O diretor entende que o governo do estado obrigatoriamente precisa fazer parte da Câmara Deliberativa, assim como a Prefeitura de Goiânia por ser o maior município e por ter a maior quantidade de usuários.
Benjamin Kennedy afirmou que os demais municipios também devem participa, para isso é preciso haver uma divisão e distribuição das vagas das cidades na CDTC de acordo com a localidade na região metropolitana. Ele defende que é preciso reduzir o caráter político, priorizando o lado técnico.

O diretor da CMTC avalia que algumas funções da CDTC poderiam ser repassadas a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). “Na realidade o que precisa alterar é a legislação para que a CMTC absorva algumas competências que hoje recaem sobre a CDTC. A questão de reajute tarifário tem que ficar já restrito a CMTC. A Câmara Deliberativa tem que ficar acima e somente um reequilíbrio do contrato é que precisa ser discutido na CDTC”, finalizou.