Olhando aqui os valores gastos pelos clubes da Série B nesta temporada, vejo uma disparidade sem sentido entre o que gasta mais, Grêmio, segundo colocado com 57 pontos, 15 vitórias e uma despesa mensal de R$ 10,5 milhões. Já o Sampaio Corrêa do Maranhão, quinto colocado com com 52 pontos e 14 vitórias, tem uma folha de pagamento na ordem de R$ 600 mil/mês.

Essa diferença faz parte do planejamento mal elaborado ou mal intencionado de alguns clubes de futebol no Brasil, onde às vezes jogadores caros e em fim carreira, sob a proteção de empresários, são colocados como estrelas, já sem brilho, ocupando vagas que poderiam ser preenchidas com atletas da base ou menos valorizados mas sobrando vontade para jogar.

Se quiserem fazer uma comparação, busquem quanto ganham Diego Souza, Geromel e Kannemann (Grêmio), Nenê e Alex Teixeira (Vasco), Wagner Love (Sport) e outros atletas em fim de carreira que nem sempre resolvem em campo. Busque o salário do atacante Gabriel Poveda do Sampaio Corrêa, artilheiro disparado do campeonato com 18 gols anotados, certamente você vai entender porque o assunto me chamou a atenção.

Geromel e Kannemann têm salários mensais de R$ 700 mil enquanto Gabriel Poveda recebe R$ 40 mil, escancarando uma diferença brutal entre o que marca e os que tomam os gols.

O Cruzeiro foi exceção. Subiu com sete rodadas de antecedência, um recorde na competição e ganhou o título faltando seis jogos, tudo isso com um gasto de pouco mais de R$ 2 milhões.

Esses números servem para uma reflexão dos dirigentes: nem sempre o mais caro é o melhor, nunca o dinheiro vai definir ganhadores de títulos, ajudar sim, desde que tenha inteligência para saber usar.

O fato é que, enquanto o Grêmio tem um elenco avaliado em mais de R$ 320 milhões, o Sampaio Corrêa avalia o seu em R$ 24 milhões, assim mesmo, pela valorização do atacante Gabriel Poveda.

Fica o recado de um trecho da música de Paulinho da Viola: “Dinheiro na mão é vendaval”, saber usar é inteligência!

Foto: Divulgação/Sampaio Corrêa

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