De acordo com o boletim da Secretaria Estadual de Saúde, dos 278 casos confirmados em Goiás, 207 estão em Aparecida de Goiânia. Mas o resultado de uma pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida, através de testes que foram realizados em domicílio, aponta que esse número pode ser ainda maior.

Em entrevista à Sagres desta quinta-feira (21), o secretário de saúde de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães, contou que o município estima que pelos menos 2.400 casos de contaminação são existentes. “A pesquisa mostrou que 0,41% da população tem o contato com coronavírus. Ou seja, para cada caso confirmado teriam 17 não notificados”.

Segundo ele, esses números levaram a administração do município a ampliar a testagem. “O prefeito Gustavo Mendanha determinou que ao invés de fazermos 300 testes por semana, faremos 300 testes por dia. Isso vai facilitar o enfrentamento da pandemia, diagnosticar precocemente e prevenir óbitos”, explica.

A pesquisa permitiu ainda, que a Secretaria de Saúde mapeasse as regiões com maior índice de contaminação para futuras providências. “Há medidas específicas para essas regiões, como escalonamento do comércio, reforço da nossa comunicação e até mesmo, se for necessário, o fechamento de alguns setores para que a gente contenha a transmissão nessa região”, revela.

Atualmente, o setor Cidade Vera Cruz apresenta o maior índice de contaminação, com 15 casos. Em seguida está o Buriti Sereno, com 11 casos, e em terceiro lugar o Conjunto Residencial Santa Fé, com 7 pessoas contaminadas pelo coronavírus. Mas a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia mantem a taxa de ocupação dos leitos com menos de 20%.

“Dos 63 leitos de UTI nossa taxa de ocupação é de 16%. Ou seja, uma ocupação bem abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde para uma situação de distanciamento social ampliada, ou até lockdown, que seria de 70%”, destaca o secretário.

Embora os números ainda sejam baixos, a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia não descarta a possibilidade de lockdown futuramente. “Caso a gente perceba o crescimento e chegue aos 70%, será necessário aplicar o distanciamento social ampliado e até mesmo o lockdown.

*Com reportagem de Rafael Bessa