Uma pesquisa realizada pela “Nova Escola” em parceria com o Instituto Ame a Sua Mente revelou que 70% dos professores de todo o país não contam com apoio para saúde mental. Os dados ainda incluem aqueles que tenham tido quadros de ansiedade e depressão. Além disso, para 60% dos entrevistados, sentimentos frequentes de ansiedade ficaram mais intensos. Para 48%, o cansaço excessivo ou baixo rendimento é frequente e 42% têm problemas com o sono.

Para compreender melhor sobre o assunto, o Sagres em Tom Maior recebeu, nesta sexta-feira (04), a professora e Secretária Geral do Sintego, Ludmylla Morais. Ela destacou os elevados registros de licença médica psiquiátrica entre professores no estado e atribuiu isso à sobrecarga pós-pandemia.

“A aula, que poderia ser preparada com antecedência anteriormente para ser compartilhada presencialmente com os estudantes, passou a exigir muito mais do professor. Isso porque a maioria dos profissionais da educação não tinham familiaridade com a tecnologia, fazendo com que os professores tivessem que aprender com as ferramentas fora do seu horário de aula”, comentou.

Confira a entrevista na íntegra:

Ademais, a entrevista contou ainda com a presença da psicóloga Ariana Fidelis. Ela trouxe destaque para a importância do papel do professor na vida das crianças e jovens e, além disso, enfatizou o impacto do cuidado com a saúde mental em sala de aula.

“A saúde mental é um tema cercado de tabus e muitas vezes nossas emoções ficam de lado. E um professor, com tantos desafios que enfrenta no seu dia a dia na execução do seu trabalho, com certeza deve ficar atento à alguns sinais do corpo”, afirmou Ariana.

Por fim, ela ainda trouxe atenção para a influência da pandemia na saúde mental destes profissionais. “Sabemos que a pandemia fez com que os professores ficassem mais exaustos mentalmente e não é novidade essa deficiência no acompanhamento dos professores”, concluiu a psicóloga.

Leia mais no Sagres Online: