Sagres em OFF
Rubens Salomão

Saúde tem corte de R$ 580 milhões e governo avalia suspender novas policlínicas

A Secretaria Estadual de Saúde trabalhará em 2023 com orçamento reduzido em R$ 580 milhões, o que não deverá afetar os serviços básicos atuais, mas causa avaliação interna sobre a abertura de novas unidades e aumento de custos de manutenção, como novas Policlínicas. A informação foi confirmada em entrevista exclusiva à Coluna do secretário Sérgio Vêncio, que assumiu a pasta no último mês, depois da saída de Sandro Rodrigues, que havia substituído o agora deputado federal eleito Ismael Alexandrino, em abril.

“A Saúde sofreu um corte de R$ 580 milhões e, então, a gente começa 2023 com menos esse valor, o que obviamente teve um impacto importante por conta daquela questão do ICMS, que envolveu combustíveis, telefonia e energia elétrica. De qualquer forma, fizemos um plano de transição que visa algumas coisas”, conta o auxiliar do governador Ronaldo Caiado (UB). O plano para a nova gestão foi elaborado e passou pela avaliação da Comissão de Transição, junto ao secretário geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

O documento tem metas específicas para os atuais e novos programas, desde a atenção básica até a alta complexidade, mas ainda passará pelo crivo de Caiado, na próxima semana. Entre as decisões a serem tomadas está a abertura ou não de novas Policlínicas. “A gente tem na atenção secundária a questão das policlínicas e por conta desse corte, a Economia do governo está analisando junto com a gente como é que vai funcionar essa questão das policlínicas em relação à abertura das novas ou se a gente vai em 2023 fazer só o fortalecimento do que já existe”, conta o secretário.

Foto: Policlínica da Região Sudoeste, em Quirinópolis. (Crédito: Wildes Barbosa/Governo de Goiás)

Mantido!

Apesar de relatar críticas internas no governo e externas de colegas, Sérgio Vêncio faz questão de manter a atuação clínica, como endocrinologista, além de pesquisas e ser editor-chefe da revista da Sociedade Brasileira de Diabetes, junto com o comando da SES.

Momento

“É uma atuação já de muitos anos, com muito orgulho, e a gente continua porque, afinal de contas, é o que paga minhas contas, né?”, brinca o médico. Apesar de não haver dedicação exclusiva, Sérgio afirma que “a tendência é de continuidade” no cargo no próximo ano.

Comparação

“Não cheguei a conversar sobre isso com o governador, mas essa não é uma preocupação. É um cargo de confiança e uma prerrogativa dele. E, como eu não tenho pretensões políticas, eu sou médico e vou continuar médico quando sair daqui”, relatou o secretário.

Foto: Secretário de Saúde, Sérgio Vêncio, assumiu o cargo em 11 de novembro. (Crédito: SagresOn)

À base

Com o comando de Luciano Bivar, o União Brasil tem articulação avançadas para formar o futuro governo Lula (PT) e compor a base. O vice-presidente do partido em Goiás, deputado federal delegado Waldir, aponta que o antigo antipetista, governador Ronaldo Caiado, teria participação na possível parceria. “Articulação para compor a base tem dedo de Caiado”, diz.

Aval

Delegado Waldir reconhece a distância de Caiado do processo, por conta da cirurgia cardíaca em São Paulo, mas garante que o governador tem participado da construção e que como “parte da Executiva Nacional, nada é feito sem a vênia de Caiado”.

Outro momento

“Eu diria que existe um interesse do governo em ter parceria. No governo anterior, não fizemos parte, mesmo votando junto. Não ocupamos espaço. Agora é diferente. O novo presidente quer que o União Brasil ajude o governo. E o diálogo passa pelo governador Ronaldo Caiado. É preciso deixar a questão ideológica de lado e pensar no povo”, avalia o deputado.

(Foto: Ricardo Stuckert)

A propósito…

Durante agradecimentos a deputados e senadores pela aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição, o presidente eleito Lula (PT) disse que esta é a primeira vez que um governo começa antes da posse. Declaração do petista nesta quinta-feira (22), quando também anunciou 16 futuros ministros.

Inédito

“Eu acho que é a primeira vez que um presidente da República toma posse [sic] e começa a governar antes da posse”, declarou. Na ocasião, ele também disse que a PEC da Transição foi proposta para corrigir questões do governo Bolsonaro (PL). “Nós tivemos a responsabilidade de fazer uma PEC e todo mundo sabia que essa PEC não era nossa”, disse.

(Foto: Site Oficial / ACIEG)

Mantido

O empresário Rubens Fileti foi reeleito presidente da Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg) na tarde desta quinta-feira, 22, com 100% dos votos dos associados. O empresário foi reconduzido à presidência da Associação em uma eleição de chapa única e vai assumir o próximo triênio no dia 16 de março de 2023, para até março de 2026.

Desafios

“É uma Diretoria que fez muito por merecer essa recondução, após passar por algumas dificuldades, como a pandemia. A nossa eleição é o respaldo que os associados nos dá e que traz uma responsabilidade ainda maior, que é fazer muito mais do que já fizemos pela entidade desde 2019, quando assumi o posto pela primeira vez, interinamente”, disse o presidente da Acieg.

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