O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Sem partido), continua com suas andanças por Brasília em busca de um partido e de apoios políticos para disputar as eleições em 2022, visando o governo de Goiás. Na quarta-feira, (9), ele esteve no gabinete do deputado federal e presidente do PSB em Goiás, Elias Vaz.
Em entrevista à Sagres, nesta quinta-feira (10), Elias Vaz revelou que durante o papo com o prefeito de Aparecida de Goiânia reforçou o convite para se filiar ao PSB, mas com uma condição: de que não apoie a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Sempre que falo com o Mendanha destaco que não há nenhuma possibilidade de caminharmos com candidaturas que apoiem o Bolsonaro. Entendemos que a candidatura dele (Mendanha) possa ser de fato um alternativa viável o governo de Goiás, caso ele não apoie Bolsonaro”, revelou o deputado.
Segundo Elias Vaz, Gustavo Mendanha teria cogitado uma posição de neutralidade acerca das eleições para presidente. Questionado se ele realmente poderia manter essa posição em outubro, Vaz disse que as composições estaduais são diferentes e que isso pode acontecer.
“A disposição de neutralidade pode existir. Em Goiás vamos caminhar com a oposição ao governo Caiado. Cada estado tem uma realidade concreta, e em Goiás nosso objetivo é de ser oposição a Ronaldo Caiado, que tem o mandato e a máquina pública nas mãos. Vamos precisar de uma coligação de oposição com nomes fortes, e Gustavo é um deles”, disse o parlamentar.
Elias Vaz disse que o PSB vai apoiar a candidatura de Lula ao Planalto, que considera um erro a tentativa de aproximação de Mendanha de Bolsonaro e que caso se filie ao partido, esta será a diretriz a ser seguida.
“Gosto muito do Gustavo, o considero uma grande pessoa e um ótimo nome para governar Goiás, mas acredito que a tentativa de aproximação de Bolsonaro não foi uma boa ideia. Já fiz o convite para vir ao PSB, ele já até conversou com presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, e já foi decidido que vamos apoiar a candidatura do ex-presidente Lula.
O deputado comentou ainda sobre a medida provisória que visa liberar a mineração em terras indígenas. Na opinião do parlamentar, o intuito do Governo Federal é legitimar ações de garimpos em áreas de preservação ambiental.
“A pauta do governo vai na contramão do mundo, é irresponsável e é voltada ao interesses econômicos de grupos de empresários. O interesse é nos garimpos, usam o pretexto o de fertilizantes, mas na verdade querem abrir a possibilidade de garimpos em terras indígenas”, afirmou o deputado.
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