Em entrevista à Sagres, a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, afirmou nesta manhã de terça-feira (4/5) que a Secretaria de Saúde de Goiás sugere que após vacinar todos os grupos prioritários, estabelecidos no Plano Nacional de Imunização (PNI), a vacinação siga por faixa etária. A ideia da SES é seguir por idade decrescente, como foi feito com os idosos.

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“Logisticamente seria mais fácil e epidemiológicamente tem justificativa. Quando a gente avalia a gravidade de óbito, a gente percebe que a pessoa mais velha tem mais chance de gravidade, sem considerar comorbidades. Então estamos trabalhando para que isso seja possível”, explicou Flúvia. O Ministério da Saúde não publicou uma definição sobre quais serão os protocolos para a vacinação da população em geral, assim que os grupos prioritários forem finalizados.

Confira a entrevista completa:

Para vacinar toda a população brasileira com 18 anos de idade ou mais, estimada em cerca de 164 milhões de habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seria necessário atingir 328 milhões de doses. O prazo dado pelo Ministério da Saúde para atingir tais doses seria até o final de setembro de 2021.

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O próximo grupo a ser vacinado é o de comorbidades. As 17.550 vacinas da Pfizer que chegaram hoje em Goiás devem ser utilizadas para iniciar a imunização desse grupo, composto por cerca de 600 mil pessoas moradoras de Goiás. Serão atendidos todos com idades entre 18 e 59 anos nessa situação. Depois, a campanha avança para os profissionais da educação. Seguindo o PNI, além desses, outros 11 grupos estão na fila de prioridade para receber a vacina. Só após a vacinação deles é que será possível abrir para a população em geral.

Em Goiás, estão sendo vacinados neste momento: idosos com 60 anos ou mais, profissionais da saúde e trabalhadores das forças de segurança e salvamento.

Confira a lista de prioridades segundo o PNI:

  • Comorbidades – 17.796.450 pessoas
  • Pessoas com deficiência permanente – 7.749.058 pessoas
  • Pessoas em situação de rua – 66.963 pessoas
  • População privada de liberdade – 753.966 pessoas
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade – 108.949 pessoas
  • Trabalhadores da educação do ensino básico – 2.707.200 pessoas
  • Trabalhadores da educação do ensino superior – 719.818 pessoas
  • Forças de segurança e salvamento – 584.256 pessoas
  • Forças Armadas – 364.036 pessoas
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros – 678.264 pessoas
  • Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário – 73.504 pessoas
  • Trabalhadores de transporte aéreo – 116.529 pessoas
  • Trabalhadores de transporte de aquaviário – 41.515 pessoas
  • Caminhoneiros – 1.241.061 pessoas
  • Trabalhadores portuários – 111.397 pessoas
  • Trabalhadores industriais – 5.323.291 pessoas