A reportagem da Rádio 730 flagrou na manhã desta quarta-feira, 03, uma situação caótica no Cais Nova Era, em Aparecida de Goiânia. A falta de médicos e problemas para fazer check-in fizeram com que a população se aglomerasse esperando atendimento no local desde o início da manhã.
A dona de casa, Waldivina Alves de Souza, com problemas cardíacos, infomou que aguardava há três dias por um check in.
O diretor do Cais, justificou a situação. Segundo ele, um dos médicos escalados para o plantão foi fazer um curso, outro profissional se ausentou para realizar uma prova em Brasília.
O secretário de saúde interino de Aparecida de Goiânia, Rafael Nakamura foi enfático ao comentar a situação. “A população precisa ser respeitada e precisa de bom atendimento. Os profissionais que faltaram serão informados para o Conselho Regional de Medicina para providencias éticas”, disse.
Ele lamentou o fato e informou que a secretaria não mede esforços para disponibilizar os profissionais, sobretudo nesta época em que o estado vive uma situação difícil em relação à Dengue. “O médico precisa de um pouco mais de responsabilidade quando assume o plantão. Se não tem condições, não assuma”.
Check-in
Segundo ele, em relação ao check-in, o problema tem sido genérico em outros postos de saúde. “O sistema para marcar exames em Aparecida não era informatizado. A gente não tem perdido tempo para buscar uma solução”.
De acordo com ele, quando a prefeitura conseguir informatizar todo o sistema, o paciente terá benefícios, pois não vai precisar se deslocar muito para pegar o seu exame. “Nesta fase de transição, sempre tem os momentos de dificuldade”.
Médicos
O secretário informou que os profissionais no município, recebem por plantão. Aparecida de Goiânia paga em média R$ 700 por plantão, sendo que o médico pode fazer dois plantões por semana.
De acordo com ele, nos casos de falta deve-se abrir um processo administrativo interno.”Se justo, e no meu entendimento é justo, eles precisam ser demitidos”.
“Quanto às ausências no Cais Nova Era, o secretário entende que não são justificáveis. “Esse tipo de justificativa só tem cabimento se colocar um substituto. É muito fácil avisar na véspera de um plantão que não vai. Temos que ser mais sérios e enérgicos. A população não pode ser prejudicada”.