(Foto: Larissa Artiaga/ Portal 730)

Em uma única semana, três pessoas ficaram feridas durante tentativas de assalto em veículos do transporte coletivo, em Goiânia e região metropolitana.  A RedeMob informou, por meio de nota, que todas as situações foram atendidas pelos vigilantes dos terminais, que acionaram a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO).

Em uma enquete (Qual é o maior problema do transporte coletivo de Goiânia e região metropolitana?), feita pela Rádio 730, por meio do Portal 730, 64% dos internautas consideraram a insegurança o principal problema do transporte. A infraestrutura precária foi citada por 22% dos usuários. Outros 14% reclamaram da quantidade de veículos em circulação.

Com o objetivo de discutir o assunto, a 730 promoveu um debate neste sábado (10). Participaram da discussão, o especialista em Transportes e professor do Instituto Federal de Goiás (IFG), Marcos Rotten, o instrutor de segurança, William Alves, o presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Goiás (OAB-GO), Edemundo Dias e o coronel da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), Ricardo Rocha.

Para o professor Marcos Rotten, o usuário não tem a quem recorrer em casos de violência no transporte coletivo. “Aqui não tem uma autoridade que assume a responsabilidade. Você não tem a quem recorrer, fica um jogando pra cima do outro.  A PM diz que é responsabilidade da justiça, a justiça diz que é responsabilidade das empresas, você vai no terminal e não tem uma pessoa para atender”, destaca.

Edemundo Dias explica como a OAB-GO pretende viabilizar ações de melhoria no transporte. “As causas são múltiplas, passam por questões de prevenção às drogas. Sintetizando, nós da OAB-GO vamos cobrar essas ações. No Brasil nós sofremos em geral essa mazela, o poder público não se interessa por polícia eficiente”, afirma.

Já o instrutor de segurança, William Alves, defende a instalação de câmeras de segurança nos ônibus. “Se a pessoa encostou demais em você (dentro do ônibus), pode verificar o bolso que já era. Com as câmeras de segurança, será possível identificar essas pessoas. São quadrilhas, raramente agem sozinhos, são mais de três pessoas o tempo todo agindo”, ressalta.

O coronel Ricardo Rocha disse que a PM tem intensificado o policiamento nos ônibus e terminais desde setembro do ano passado. “Antigamente quem fazia esse trabalho era a Guarda Civil Metropolitana (GCM). Eles saíram e nós assumimos a responsabilidade, no sentido de auxiliar o Consórcio e também a população. Atualmente nós fazemos o policiamento nesta modalidade com sete viaturas. A PM tem feito várias ações de recaptura de foragidos e prisões em flagrante”, resume.

Acompanhe o debate completo:

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