O entrevistado do Clube da Notícia, da Rádio 730, desta terça-feira (17) foi o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Pedro Alves de Oliveira. Questionado por jornalistas da Rede Clube de Comunicação, o presidente falou sobre a problemática da Celg, a necessidade de melhorias para a escoação da produção e fez um balanço de todo o período em que está à frente da Federação.

Pedro Alves mostrou que a primeira solução para resolver a falta de energia para as indústrias que se instalaram no estado é, pelo menos, concretizar o negócio que transfere a gestão da Celg para a Eletrobrás. “Falamos com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e ele concorda que o povo de Goiás não merece passar por esse problema e que nos ajudaria ainda no mês de dezembro”, fala.

De acordo com o presidente, o desenvolvimento econômico do estado é barrado pelas poucas condições que a Celg disponibiliza para atender os empresários e as indústrias, principalmente aquelas que pretendem expandir. “Hoje, as empresas em funcionamento possuem geradores movidos a diesel para conseguir suprir a necessidade energética. Além de encarecer a produção, o gerador também é poluente”, afirma.

Em relação à logística que dificulta o escoamento da produção, Pedro Alves explica que todas as federações de indústria e agricultura juntamente com suas respectivas confederações fizeram um projeto que estudou todos os problemas logísticos, resultando em possíveis soluções. “Temos várias opções para transportar os produtos, como a ferrovia Norte-Sul, que é fundamental neste processo. A ferrovia é um fator melhor que as rodovias e ainda consegue chegar até o norte do país em menos tempo. Mas para isso é necessária a interação com o poder público e, se possível, com o setor privado”, diz.

Ao fim da entrevista o presidente da Fieg faz um balanço sobre os três anos que está na gestão da Federação. “A Fieg é uma instituição histórica em Goiás. Temos investido muito em educação, ampliado os cursos de formação profissional e ampliado a participação dos filhos dos trabalhadores nas indústrias. Oferecemos um ensino médio ministrado junto um curso profissionalizante”. Desta forma, Pedro Alves fala que as indústrias se interessam muito nos novos trabalhadores, que muitos deles nem precisam procurar emprego, já são chamados ao concluir os estudos. “Esses novos profissionais receberão também remuneração acima da média porque são qualificados”, fala.

A Fieg também tem, segundo o presidente, preocupação em dar respaldo e apoio às políticas em prol da industrialização do estado, e do lazer do trabalhador. “Quando viabilizamos uma melhor qualidade de vida para os funcionários, há também melhor produtividade dentro da indústria”, comenta. No entanto, ele afirma que todo esse trabalho só pode ser feito com a ajuda dos representantes dos sindicatos, dos conselhos temáticos, etc. “É preciso haver uma liderança diante dessas entidades e dos servidores, para que eles nos ajudem a cumprir os objetivos propostos”, conclui.