Discutir meios de garantir a disponibilidade de água no mundo no futuro. Este é um dos objetivos do seminário promovido pelo governo de Goiás em conjunto com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Não por acaso, o local escolhido para sediar o evento é Rio Quente, um dos berços termais goianos. De domingo (10) a quarta-feira (13), o Águas Para o Futuro reunirá representantes de outros estados brasileiros e do setor produtivo de 22 países.

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Desta forma, o seminário foi programado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) para ocorrer durante o Dia do Cerrado. A data é celebrada no dia 11 de setembro.

“O debate sobre a água é transversal, está presente em todos os tópicos da nossa agenda. Foi por isso que nós o escolhemos como eixo central”, afirma a secretária Andréa Vulcanis. “É simbólico que o seminário aconteça em um município cuja economia gira em torno da água, e que estejamos no Cerrado, que é o berço das águas das bacias brasileiras”.

A abertura, no domingo (10), terá premiação dos vencedores de um concurso de fotografia promovido pela Semad com o mesmo tema do seminário: “Água, clima e cerrado: pessoas”. Nos três dias seguintes haverá palestras, oficinas e debates.

Uso sustentável da água

O município, que fica junto às serras de Caldas Novas, faz parte da maior bacia hidrotermal do mundo. Além disso, três importantes bacias hidrográficas banham Goiás: Paraná, Araguaia-Tocantins e do São Francisco. Para a gestora, ao sediar um evento deste porte, o Estado contribui para a discussão global sobre sustentabilidade e gestão responsável dos recursos naturais.

“Baixamos sensivelmente o prazo para emissão de licenças ambientais, que podia chegar a quatro anos e hoje é de 37 dias, em média; reduzimos em 80% os incêndios em unidades de conservação; estamos avançando no desmatamento e na agenda de mudanças climáticas. Goiás avançou muito”, afirma Vulcanis.

Mudanças climáticas

Durante o evento, o governo apresentará a “Estratégia Goiás Carbono Neutro 2050”. Nesse sentido, o documento se destina a orientar ações relacionadas à mudança do clima em Goiás. A meta é zerar as emissões de carbono até 2050, integrando, desse modo, esforços para o desenvolvimento de uma matriz produtiva tecnologicamente sofisticada, ambientalmente limpa e economicamente competitiva no mercado nacional e internacional.

Ademais, o Estado também deve assumir compromissos com relação ao controle do desmatamento ilegal, publicar o decreto de reativação do Fórum de Mudanças Climáticas. Além disso, o governo deve assinar, com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o termo de adesão do Pacto pela Governança das Águas. O pacto visa ao aprimoramento da gestão dos recursos hídricos, à regulação dos serviços de saneamento e à melhoria da segurança de barragens.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) ODS 13 – Ação global contra as mudanças climáticas

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