O senador Ronaldo Caiado (DEM) concedeu entrevista à Rádio 730 na manhã desta quinta-feira (10) e falou sobre a negociação da empresa de distribuição de energia elétrica de Goiás, CELG. Ele, que é integrante do movimento contra a privatização da companhia, acredita que os trâmites que envolveram a negociação da CELG não foram bem sucedidos. 

Caiado relatou o que ocorreu na passagem do governo de Alcides Rodrigues, época na qual foi proposto um contrato de empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF). Contrato este cuja dívida não seria arcada pelo governo de Marconi Perillo, fazendo com que o banco recuasse no acordo. E questionou a posição do atual governador ao assinar um outro contrato, no qual abre mão do controle acionário da companhia e o repassa à Eletrobrás.

“Do momento em que o atual governador nega o empréstimo até o momento em que ele assina um novo, concedendo a CELG à Eletrobrás, todos os valores que haviam sido renegociados a uma taxa de juros palatável para a companhia, passaram a sofrer taxas de juros altíssimas, o que fez com que a distribuidora ficasse com uma dívida de bilhões de reais, e que será vendida posteriormente”, relata.

Para o senador, o tratamento que tem sido dado à companhia goiana não é o mesmo em relação às demais distribuidoras do país. Caiado acredita que com a venda da CELG, a Eletrobrás ficaria com o lucro e contribuinte de Goiás sofreria um aumento ainda maior nas contas de luz para suprir a dívida.

“O goiano está pagando esta conta, com um aumento de mais de 50% no valor da energia, por causa de uma dívida que pode chegar a 5 bilhões de reais. Queremos que a CELG tenha um tratamento idêntico ao que está sendo feito hoje com as demais concessionárias. Não queremos que a companhia seja vendida e que o estado fique com o prejuízo”, relata o senador.

Caiado estará presente na próxima terça-feira (15), no movimento em frente à sede da CELG que defende a não-privatização da companhia.