O Ministério Público Federal (MPF) concluiu que a “pedalada” fiscal envolvendo o Plano Safra, que é uma das duas bases do processo de Impeachment da presidente Dilma Rousseff, não se configurou operação de crédito nem crime. Em entrevista à Rádio 730, a senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) discordou e ainda afirmou que a petista não deve se livrar da cassação.

“Isto (decisão do MPF) não influencia no processo no Senado. Nós já debruçamos sobre a análise das contas. Não há dúvida que houve empréstimo e que houve um atraso no pagamento por mais de três anos. O total de recursos que ficaram abertos somam mais de R$ 60 bilhões em 2014 e 2015, que não foram registrados como passivos, como dívidas no Banco Central,” diz a senadora.

Ouça a entrevista completa de Lúcia Vânia: {mp3}Podcasts/2016/julho/15/LUCIA_VANIA__15_07{/mp3}

A parlamentar goiana ainda disse que não há como negar foi que foi uma ação de crédito por parte da presidência da República.

 

Eleição da Câmara

Para Lúcia Vânia foi importante a vitória de Rodrigo Maia (DEM-RJ). Segundo ela, a derrota do bloco chamado de Centrão, que no pleito era representado por Rogério Rosso (PSD-DF), foi importante para o Congresso.

“Eu já estava descrente com as coisas que estavam acontecendo na Câmara. Essa eleição põe fim àquela pressão que Centrão vinha fazendo sobre o governo,” justifica.

 

Eleições 2016

Lúcia Vânia destaca que os candidatos do PSB ao cargo de prefeitos tem liberdade para construir alianças. Ela ressalta especialmente as pré-candidaturas de Vanderlan Cardoso, em Goiânia, Marlúcio Pereira, em Aparecida.

A senadora, que também é presidente estadual do PSB, afirma que está trabalhando para fortalecer a sigla no Estado. A intenção é ter candidato para governador em 2018.