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Avaliação na Assembleia é de que Sérgio Cardoso só não será conselheiro do Tribunal de Contas do Municípios se não quiser ou se o governador Marconi Perillo (PSDB) recuar. O seu nome foi indicado oficialmente nesta terça, 6.

Sérgio é casado com uma irmã do governador. Nas campanhas, sempre cumpriu missão difícil: cuidar do varejo das alianças, e do andamento das movimentações, de comícios a carreatas.

Quem acompanhou essas campanhas, cansou de vê-lo correr à frente e ao lado das caminhonetes onde estava Marconi e outras lideranças. Só parava quando o governador descia. Pode-se dizer: ele sempre viveu em função de Marconi.

Sérgio é do tipo coadjuvante na discussão política estadual, mas protagonista nos bastidores dos governos tucanos. Passou ao primeiro plano, como secretário, após a morte de Fernando Cunha, que tinha função parecida na estrutura marconista: o contato com prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, ex-prefeitos e todas as lideranças que buscavam abrigo e guarida da administração.

Como ‘candidato’ a conselheiro do TCM, Sérgio tem apoio dessas lideranças municipais, especialmente prefeitos. Isso explica, em parte, o apoio de alguns deputados, que contam com a ajuda desses líderes do interior na sua campanha.

Não foi surpresa a indicação de Sérgio Cardoso. O assunto já corria nos bastidores há bastante tempo. E todos aguardavam exatamente o momento em que o governador fosse deixar o governo.

Opositores comemoram um detalhe: ele, que venceu Iris Rezende em 1998 tendo como mote a “panelinha”, ou familiocracia, encerra quase 20 anos de poder garantindo cargo vitalício ao seu cunhado.

Alguns se espantam: mas parte dos deputados do oposição estão votando com o governador, neste caso? Nenhuma novidade. Segue o fluxo. Assim como não é novidade a volta do conselheiro Tião Caroço à política. Ela vinha se desenhando há tempos.

Caroço é um dos principais ‘conselheiros’ hoje do vice, Zé Eliton, e adversário direto do prefeito de Formosa, Ernesto Roller (MDB), que se apresenta como um dos principais ‘conselheios’ da candidatura de Ronaldo Caiado ao governo.

Caroço, que também já foi prefeito de Formosa, será candidato este ano? É a pergunta que não quer calar. Mais importante é considerar o momento em que ele escolhe para sair do Tribunal para poder se movimentar livre, leve e solto na articulação política.

Algo que aproxima Sérgio e Caroço: os dois estão longe de ser da turna do silêncio e da calmaria política.