O início do Campeonato Brasileiro desta temporada ainda não tem uma definição, porém existe uma expectativa para que seja possível a partir da segunda quinzena de agosto. Até por isso, os clubes e as federações articulam formas para que os torneios estaduais e regionais aconteçam em julho a fim de que os times estejam em boas condições para as competições nacionais.
Como em um primeiro momento não será possível os eventos esportivos receberem público, o Goiás trabalha com a possibilidade de realizar os jogos do Brasileirão no estádio Hailé Pinheiro. Nesta quinta-feira (18), o repórter André Rodrigues, da Sagres 730, esteve na Serrinha e acompanhou o andamento das obras ao lado do engenheiro Eduardo Júnior, superintendente de patrimônio do clube esmeraldino.
Segundo o responsável pela condução do trabalho no estádio, “a obra está a todo vapor e estamos caminhando bem para concluir ela a tempo de jogar aqui o Campeonato Brasileiro”. Sobre a nova arquibancada leste, o cronograma para entregar essa parte é até a primeira quinzena de agosto, enquanto as cadeiras que estão sendo doadas deverão ser instaladas em setembro.
Iluminação
Contudo, um impasse para receber os jogos do Brasileirão é a exigência da iluminação presente no Regulamento de Licença de Clubes da CBF para a Série A do campeonato nacional. Embora o estádio Hailé Pinheiro já cubra os requisitos desde a reforma promovida pela Fifa em 2019 para a realização da Copa do Mundo sub-17, a reinstalação das lâmpadas está condicionada à cobertura da arquibancada leste.
Segundo o engenheiro, “a parte das cabines de imprensa, o gramado, o vestiário e a sala do VAR estão todos praticamente prontas. Está faltando só a questão de iluminação, que precisamos estar com essa cobertura concluída, porque é onde vai a iluminação. Creio que em setembro estaremos com o estádio liberado para ter jogos sem público”. A intenção é que a Serrinha tenha 1,8 mil lux até setembro, enquanto a iluminação completa, de 2,5 mil lux, será entregue até o final do ano.
Um fato observado pelo repórter André Rodrigues é que a altura da nova arquibancada é maior. Eduardo Júnior explicou que “temos que seguir requisitos técnicos. Para ter uma iluminação de 2,5 mil lux, a altura mínima (da cobertura) que temos que ter é de 27 metros”. O responsável pela obra acrescentou que “essa cobertura é integrada junto com a cobertura de todo o estádio, das arquibancadas sul e oeste e, futuramente, da fachada”.
Sobre o estádio estar em condições de receber jogos no torneio estudado pela Federação Goiana de Futebol (FGF) para julho, “se tiver a possibilidade de ter jogos às 11h ou 15h30, a Serrinha está em perfeito estado. O jogo, começando às 15h30, e indo até 17h30 com o reforço dessa iluminação (das torres da parte oeste), atende perfeitamente. Ou jogos às 11h. Só não temos condição de ter jogos noturnos”.
Já as cabines da imprensa mudaram para a arquibancada oeste. Eduardo Júnior destacou que “tentamos fazer o melhor possível para atender a imprensa, e lembrando que é uma área provisória. Mesmo assim, ficou muito legal e bastante confortável. Antigamente, você ia transmitir um jogo aqui com o ‘sol na cara’, porque as cabines ficavam na parte leste, e agora não terá esse desconforto, com todas as cabines climatizadas e visão privilegiada do gramado”.
Terceira etapa
Com o atual mandato (2018-20) da diretoria executiva, liderada por Marcelo Almeida, se encerrando este ano, há o questionamento para quando o estádio será concluído. Para o engenheiro responsável pela obra, “nesses três anos, o presidente Marcelo, juntamente com o presidente do conselho, o Seu Hailé, fez muita coisa no estádio, praticamente duas etapas, a do tobogã (arquibancada sul) e da leste”.
“A próxima diretoria, nos próximos três anos, tem perfeitas condições de fazer essa outra etapa, a oeste, e estarmos praticamente com o estádio pronto. Acredito muito, e é um sonho do Seu Hailé, de estar entregando esse estádio o mais rápido possível, então acho bastante provável que seja feita essa etapa oeste no mandato da próxima diretoria”, completou Eduardo Júnior.
Ainda de acordo com o engenheiro, o orçamento da terceira etapa está estipulado em cerca de R$ 40 milhões, por serem “áreas nobres, em que terão camarotes, bares, restaurantes, 14 mil lugares (a mais), prédio de estacionamento com elevador, então é uma área que será requisitada um pouco mais de recurso”.