Os cerca de 900 servidores públicos do município de Posse se reúnem em assembleia na próxima quinta-feira para deliberar e decidir se entram em movimento de greve. Tudo porque, no fim de setembro, o prefeito da cidade, José Gouveia, baixou um decreto que reduz pela metade as gratificações e reanalisa o pagamento por insalubridade e horas extras em todos os órgãos da administração direta e Indireta da cidade.

Diante desta situação, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Posse marcou a assembleia, mas busca, por enquanto, uma negociação. O presidente, Célio Francisco de Carvalho, explica quais seriam as arbitrariedades cometidas pelo prefeito. “O decreto 142 suspende a concessão de gratificação para os servidores. Ele está baseando para fazer uma reforma de certas diferenças salarias. Ele decreta que fica suspenso temporariamente o pagamento de todas e quaisquer gratificações e benefícios,” afirma.

A Assembleia está marcada para a próxima quinta-feira. Célio afirma que a intenção inicial é se reunir com o prefeito, mas caso não haja evolução, deve acontecer em seguida uma paralisação, e uma greve.

A ausência das gratificações indignou os servidores e o presidente do sindicato ainda denuncia que a prefeitura estaria realizando a contratação irregular de funcionários comissionados. Outra reivindicação é a reposição inflacionária de cerca de 9%.

O prefeito de Posse, José Gouveia, afirmou que a suspensão de gratificações faz parte de um processo de adequação financeira do município, que segundo ele, é legal. “Nós temos que atingir a lei de responsabilidade fiscal, porque a folha está bem acima do que o índice permite. Eu contratei uma empresa para fazer uma auditoria. Nós temos vários cálculos errados. Aqui em Posse, nós temos 288 servidores que recebem insalubridade e quase todos eles no grau máximo. Então contratamos uma empresa para medir essa insalubridade. Nós baixamos pra 10% mas deixamos uma ressalva, mas aquele que for comprovado que tem um valor acima a esse, será reembolsado. As gratificações nós diminuímos em 50% e as horas extras eram calculadas erradas porque eram calculadas em cima de 180 horas e não de 220 como a lei prevê,” detalha.

O prefeito ainda afirma que vai buscar apresentar a situação da prefeitura aos servidores para evitar a greve, que pode ser deflagrada na próxima quinta-feira, em assembleia geral.