Os servidores da Saúde do Estado de Goiás decidiram manter a greve durante manifestação nesta terça-feira no pátio da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), no Setor Oeste, nesta terça-feira (8).

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde do Estado de Goiás (Sindsaúde), o estopim do movimento, que teve início no último dia 20 de setembro, foi o arquivamento do projeto de lei que trata da gratificação por produtividade dos servidores da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO).

No protesto desta terça, os servidores reivindicam também uma resposta em relação ao atraso retroativo da data-base. A categoria afirma que o atraso já está acumulado em seis anos, o que representa 48% de reajuste salarial.

Após os protestos na Alego, os manifestantes seguiram pelas principais ruas do Centro da capital. A manutenção da greve dos servidores da Saúde, que já dura cerca de 50 dias, é por tempo indeterminado.

A reportagem da 730 entrou em contato com a assessoria de comunicação da SES-GO, que se posicionou por meio de nota, e afirma que vai manter a produtividade dos servidores, bem como o pagamento do plano de cargos e salários.

Em relação à data-base, a SES-GO diz que não possui autonomia para realizar a negociação e que o assunto precisa ser discutido no Conselho Estadual de Políticas Salariais e Recursos Humanos (Consind).

No último dia 14 de outubro, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) determinou que os servidores garantissem o atendimento em todas as unidades de Saúde do estado, como um quantitativo mínimo de 70% dos trabalhadores atuando no período da greve. Leia a seguir a nota na íntegra.

Nota greve 

Sobre a greve dos servidores da Saúde estadual, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) informa que na última reunião entre o secretário Leonardo Vilela e Sindsaúde, ficou definido que a produtividade dos servidores será mantida, assim como a confirmação do pagamento da Plano de Cargos e Salários. Sobre o reajuste referente à data-base, o assunto precisa ser discutido no Conselho Estadual de Políticas Salariais e Recursos Humanos (Consind), já que a SES não tem autonomia para essa negociação. 

Em decisão liminar, favorável à ação civil pública intentada pelo Estado de Goiás, em desfavor do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde – SindSaúde-GO, o Tribunal de Justiça de Goiás determinou, em 14 de outubro, que se garanta o desenvolvimento das atividades, em todas as unidades de saúde do Estado de Goiás, o quantitativo mínimo de 70% (setenta por cento) dos servidores, enquanto perdurar o movimento de paralisação.”