Servidores do estado de Goiás reivindicaram mais uma vez pelo pagamento único da data base. A intenção do governo é fazer o pagamento em quatro parcelas.

Durante sessão no plenário da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (15), o deputado estadual Karlos Cabral (PT) destacou que o governo de Goiás já deveria ter se preparado com antecedência para não precisar parcelar o pagamento da data-base.

“Primeiro temos que ressaltar que data-base é a recuperação dos valores que os servidores públicos recebem em razão das perdas inflacionárias. Agora a grande questão é que a data-base, por Lei federal, deve ser enviada todos os anos no início do ano, e o governo tem que se organizar e se preparar para pagar esse reajuste, porque senão o salário dos servidores se defasa, em relação ao custo de vida. O grande prejuízo é financeiro, e o reflexo político com certeza é muito negativo”, revela.

O deputado Fábio Sousa (PSDB) ressaltou que o governo não possui caixa suficiente para o pagamento único dos direitos dos servidores.“Todo mundo gostaria que a data-base fosse paga de forma integral. Os problemas são as condições financeiras para que isso aconteça. O governo vai pagar, até porque é uma obrigação, mas vai pagar naquilo que ele pode”, explica.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás, Silveira Alves, destacou que a data-base já está atrasada para vários segmentos do serviço público em Goiás, desde 2005 até 2010.“Tem mensagem do governador de que eles vão se reunir para decidirem se reduz em duas parcelas, e nós falamos para os deputados que o servidor não vai aceitar nenhum parcelamento. É integral. De 2005 a 2010, o atraso não é só da Polícia Civil, mas também de toda a segurança pública, da saúde, da educação, do fisco, e de outros segmentos do Estado. O governo deve 36% de data-base para vários segmentos de servidores públicos”, declara.