Desde o início da pandemia, foram registrados três óbitos e 388 casos confirmados do novo coronavírus entre detentos do sistema prisional em Goiás. Além disso, 188 agentes penitenciários testaram positivo para a Covid-19 e um morreu.

Os números são da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) de Goiás. O balanço aponta ainda 305 presos curados. Entre os agentes penitenciários, são 161 recuperados.

Em entrevista à Sagres nesta segunda-feira (27), o gerente de Segurança e Monitoramento da DGAP e líder situacional do Comitê de Gerenciamento de Crise da DGAP no Enfrentamento ao Coronavírus, o policial penal Alex Galdioli, afirma que a situação está sob controle, mas não deixa de ser preocupante.

“Tem um número pequeno de contaminação quando comparada à situação na sociedade aí fora. Houve óbitos mas um número pequeno quando comparado ao que vem acontecendo fora do ambiente prisional”, avalia.

Galdioli afirma que a separação dos detentos, em caso de suspeita de Covid-19, ocorre bem antes da testagem. “O preso apresentou qualquer tipo de sintoma, ele é separado dos demais. A partir daí ele é testado. Se ele der negativo e houver liberação por parte da equipe médica, ele retorna ao convívio dos demais. Se der positivo, ele fica em quarentena pelo período recomendado que é e 14 dias, em um espaço isolado dos demais”

De acordo com Galdioli, proporcionalmente, as unidades prisionais de Goianira e Senador Canedo foram as que tiveram o maior número de casos. “

O comitê foi criado em 19 de março. Segundo Galdioli, desde o início da pandemia, foram realizados 5.147 testes, sendo 1.259 em detentos e 3.888 em agentes prisionais. O envio dos às penitenciárias é feito pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Outros 4 mil estão previstos só para o Complexo Prisional em Aparecida de Goiânia.

Ainda segundo a DGAP, entre os detentos 871 casos já foram descartados, 78 seguem em isolamento e dois continuam internados. Em relação aos agentes penitenciários, 27 estão em recuperação e 18 casos são considerados suspeitos.