Um relatório aponta crescimento de 36% no desmatamento registrado em Goiás, nos anos de 2020 e 2021. O estado ocupou a 12ª posição da lista de maiores áreas totais desmatadas nas unidades federativas.

Sobre o assunto, a reportagem da Sagres ouviu o presidente da Associação para Recuperação e Conservação do Meio Ambiente, Gerson Neto. Ele aponta a ausência de políticas públicas como o principal fator para o crescimento do desmatamento no Cerrado.

Assista a entrevista completa:

“A preservação do meio ambiente precisa de políticas pública sérias e bem estruturadas. Mas, infelizmente, o que a gente tem tido nos últimos anos é um governo que encoraja destruições e o resultado é esse. Nós estamos tendo cada vez mais alterações no nosso bioma, no Cerrado. Para que se possam usar maquinas grandes, como plantadeiras e sementeiras, você precisa de terrenos planos. Com isso não podem haver árvores no caminho, por exemplo, daí o crescimento do desmatamento”, explica o especialista.

Gerson Neto disse ainda que não é só as árvores que estão sendo mortas no processo de desmatamento. Para ele, além da perda da vida na natureza, a questão econômica também influencia no crescimento do desmatamento.

“Esse tipo de prática, de planificar os terrenos para facilitar os plantios e colheitas por meio de grandes máquinas, também mata as nascentes, animais e insetos que vivem ali. Infelizmente, esse tipo de prática é estimulada pelo atual governo, que visa somente o aumento das exportações e variações cambiais referentes ao Dólar”, afirmou o ambientalista.

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