O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o governo federal se manifeste em 48 horas sobre a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no plano nacional de vacinação contra a covid-19. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (17) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem até amanhã (19) para responder.
Entenda o que motivou a decisão:
O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com uma ação no STF pedindo a inclusão de crianças no programa nacional de vacinação. Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso da vacina da Pfizer em crianças dentro da faixa etária. Segundo o orgão, existem evidências científicas suficientes de que o imunizante, aplicado em duas doses pode ser eficaz na prevenção de doenças graves causadas pelo novo coronavírus. Importante destacar que o coronavírus não cessa a sua atividade no organismo humano com o fim da infecção, mas com grandes possibilidades de complicações em órgãos estratégicos, como rins, fígado e pulmões.
A autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não garante a vacinação das crianças, uma vez que o governo federal em conjunto com o Ministério da Saúde devem atuar na compra das vacinas específicas para crianças e sua inclusão, no Programa Nacional de Imunização.
Vale lembrar que o presidente Jair Bolsonaro criticou a decisão da Anvisa e pediu o “nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos”, em tom de ameaça. “Queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem foram essas pessoas e forme seu juízo.”
Anvisa Rebate Bolsonaro
Em nota, a Anvisa rebateu os questionamentos do presidente. A diretoria afirma que seu ambiente de trabalho é “isento de pressões internas e avesso a pressões externas”. A análise de vacinas, diz a nota, é baseada na ciência e oferece ao Ministério da Saúde opções “seguras, eficazes e de qualidade”.
Da Agência Brasil com informações da Redação