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Na última semana, o novo coronavírus (Covid-19), deixou mais de 50 mil mortos em todo o mundo, com isso o vírus atingiu 150 mil vítimas fatais nesta sexta-feira (17). No Brasil, o número de casos confirmados da doença e de óbitos, bateram novos recordes ontem (17). Foram 3.257 diagnósticos e 217 mortes, nas últimas 24 horas. Com isso, a quantidade de pessoas infectadas com a covid-19 subiu para 33.682 e o total de óbitos chega a 2.141.

Em Goiás até esta última sexta-feira (17), segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde, há 5.207 casos suspeitos e  335 casos em investigação. O Estado registrou 18 mortes. 

O Debate Super Sábado (18) desta semana, convidou jornalistas de algumas cidades do interior do Estado, para saber como os municípios estão lidando com o vírus e o isolamento social. Entre os convidados então os profissionais Edmilson Almeida, da Rádios São Francisco de Anápolis, Carlos Henrique, da Rádio Difusora de Jataí, Euclides Oliveira, do Portal Excelência Notícias, de Niquelândia.

Em Anápolis, segundo Edmilson Almeida, já tem transmissão comunitária da doença. “A Prefeitura Municipal confirmou oito casos de covid-19 entre funcionários de uma empresa do Distrito Agroindustrial de Anápolis”, disse. São 29 casos confirmados de coronavírus no município, sendo que 21 estão em isolamento domiciliar, 1 está internado e 7 finalizaram o período de isolamento. “O município de Anápolis registra 316 casos suspeitos do covid-19”. 

Carlos Henrique, da Rádio Difusora de Jataí, afirmou que no município há 36 casos notificados; 28 casos descartados; seis casos confirmados, porém, ambos estão curados. “Essa é uma ótima notícia. O primeiro caso foi de uma senhora jataiense, que mora na Espanha e veio passar uns dias com a família. Comenta-se que ela trouxe o vírus para Jataí. Ela foi o primeiro caso e foi o primeiro caso que foi curada. Depois a filha e a neta estavam com os sintomas”, disse. “Eu converso muito com o secretário municipal de Saúde, e eles disseram que Jataí está sob controle”, completou.

Em Niquelândia, norte goiano que fica a 307 km da Capital, não tem nenhum caso confirmado do novo coronavírus. Euclides Oliveira, do Portal Excelência Notícias, observa que quanto mais distante a cidade está dos grandes centros, menor é o entendimento sobre de quem partiu a medida de isolamento social. “Muita gente confunde se a medida partiu do governador Ronaldo Caiado, se partiu do prefeito da cidade, e acaba tendo essa confusão”, disse. “Filas imensas na lotérica, na Caixa Econômica e as pessoas parece que não tem o interesse de manter o distanciamento social”, completou. 

Euclides Oliveira contou que há uma preocupação com a – interlocução – entre as cidades de Niquelândia e Goianésia, isso porque, Goianésia tem 23 casos confirmados do novo coronavírus e Niquelândia não tem nenhum registro. “Muitas pessoas deixaram a cidade de Niquelândia para procurar emprego em Goianésia, é uma distancia de 150 km. Há uma preocupação muito grande, porque estamos próximos à Goianésia e agrava pelo fato de haver muitas idas e vindas entre os municípios”, disse.

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Euclides Oliveira, do Portal Excelência Notícias; Carlos Henrique, da Rádio Difusora de Jataí e Edmilson Almeida, da Rádio São Francisco de Anápolis (Foto: Reprodução/ redes sociais)

O radialista Edmilson Almeida, da Rádios São Francisco de Anápolis, contou que nos últimos dias em Anápolis, o trabalho da imprensa tem sido realizado com o foco em tirar as dúvidas da população. “As pessoas devem seguir as orientações das autoridades de saúde, mas para isso é necessário que elas saibam o que fazer e o porque fazer”. Edmilson ainda contou o que pensa em fazer assim que for determinado o final da quarentena. “Eu quero reunir toda minha família para sair um pouco, pois esse isolamento está sendo muito difícil. Nas primeiras semanas é mais fácil depois disso fica muito pesado”, contou o radialista.

O radialista Carlos Henrique da Rádio Difusora de Jataí, comentou que assim que a quarentena acabar, não vê a hora de poder jogar bola. “É muito bom ter essa possibilidade de passear com a família, nos shoppings e nas ruas tranquilamente, mas também quero muito reunir os amigos para jogar aquela bola no fim de tarde” comentou Carlos Henrique.

O jornalista Euclides Oliveira, do Portal Excelência Notícias de Niquelândia, disse que todos da cidade estão sempre de olho nas notícias regionais e que quando a quarentena acabar quer voltar para academia. “Para quem é acostumado a praticar atividade física, e bem difícil ficar em casa, sinto que agora estou fadado ao sedentarismo. Assim que isso tudo terminar, quero voltar para a academia e queimar o que ganhei comendo chocolate” disse Euclides.

A rotina pelo Brasil

Para saber mais detalhes sobre como está a situação em outros locais do  país, o Debate Super Sábado também conversou com jornalistas de outros Estados do Brasil. Entre os convidados deste par esta conversa estão: o repórter da Rádio Guaíba do Rio Grande do Sul, Gutieri Sanchez, a escritora e jornalista do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon do Rio de Janeiro, Adele Lazarin, a jornalista do Portal T1 do Tocantins Roberta Tum, a jornalista do site Os Realistas de São Paulo, Andrea Ramos Bueno e o médico ortopedista de Manaus, Eduardo Abreu.

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Repórter da Rádio Guaíba, Gutieri Sanchez, escritora e jornalista escritora e jornalista do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, Adele Lazarin, jornalista do Portal T1, Roberta Tum e a jornalista do site Os Realistas Andrea Ramos Bueno (Foto: Reprodução/ Redes sociais)

O ortopedista Eduardo Abreu, foi um dos primeiros médicos que testaram positivo para o coronavírus em Manaus. Segundo Eduardo assim que descobriu que tinha contraído o vírus, ficou muito tempo tentando entender como contraiu a Covid-19. “Passei pelo meu período de doença isolado e foi muito difícil, eu tenho um filho de um ano de idade, ele não entendia porque eu não podia chegar perto dele. Voltei a trabalhar recentemente, eu trabalho no SUS, não estou na linha de frente do combate ao coronavírus, porque minha formação é de ortopedista. Eu continuo exercendo a minha função e tentando retirar o mais rápido possível os pacientes do hospital. Nós estamos diante a uma pandemia que é um problema novo, mas os antigos continuam acontecendo”, contou o médico ortopedista. O ortopedista ressaltou que o mundo está diante de uma pandemia, um problema novo, porém os problemas antigos continuam. 

A escritora e jornalista do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon do Rio de Janeiro, Adele Lazarin, afirmou que está conseguindo realizar suas atividades sem sair de casa. Segundo ela é possível notar que muitas pessoas não estão levando a quarentena a sério. “As ruas continuam muito movimentas, as pessoas estão indo para a praia de segunda a sexta-feira, é perceptível que pouquíssimas pessoas estão usando máscaras nas ruas. Da para ver um crescimento muito grande aqui no Rio de Janeiro de uma semana para outra no número de casos” afirmou Adele.

O repórter da Rádio Guaíba do Rio Grande do Sul, Gutieri Sanchez, continua apresentando um programa diário de notícias, ele também cobria futebol, mas por causa da pandemia atualmente está afastado desta área do jornalismo. “O último dia em que eu apresentei um programa na rádio, foi no dia 22 de março, mas apenas porque, estávamos nos adaptando com as questões do equipamento. Hoje em dia eu trabalho só em casa, porém acabo trabalhando bem mais”. Gutieri comentou também sobre o bairro onde mora. “As noites aqui eram bem agitadas, no início da quarentena eu estranhava o silêncio, mas na última sexta-feira foi perceptível a presença das pessoas nas ruas, da para ouvir conversas e risadas”, comentou o repórter. Segundo Gutieri Sanchez, apesar do governador do Rio Grande do Sul não ter flexibilizado o decreto na região metropolitana de Porto Alegre, as pessoas já começam a sair.

São Paulo é um dos Estados brasileiros que possuem o maior número de casos do coronavírus. A jornalista do site Os Realistas, Andrea Ramos Bueno explicou como está sendo a sua rotina durante o isolamento social. “Durante a semana, a minha rotina não mudou muito, pois eu já trabalhava em casa, mas como o Gutieri citou, quando estamos em casa acabamos trabalhando mais, mesmo que eu tenha terminado minhas coisas, acabo  ficando mais tempo em frente ao computados e acompanhando notícias. Eu reduzi muito as minhas saídas e só vou ao mercado quando é realmente necessário, sempre levando mascará e álcool em gel”, destacou ela.

A jornalista do Portal T1, Roberta Tum, contou que em Palmas (TO) há 32 casos confirmados e um registro de óbito. “As pessoas ainda não tomaram choque de realidade, a imprensa é um pouco demonizada porque acham que estamos aumentando a história e com isso, vemos pessoas que deveriam ter uma consciência maior”, afirmou. Segundo a jornalista, na Capital de Tocantins há uma grande subnotificação e agora estão flexibilizando o isolamento social. 

 

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