No início, durante o isolamento social, muitos perceberam diferenças no meio ambiente, já que havia diminuído tanto o número de carros como de pedestres nas ruas. Agora, alguns estudos como o feito pelo Centro de Pesquisa de Energia e Ar Limpo de Helsinque, apontam que o desespero para impulsionar a economia e compensar o tempo perdido pode afetar de forma negativa o meio ambiente.

Sobre esse assunto, o Debate Super Sábado conversou com o ambientalista e especialista em planejamento urbano e ambiental, Gerson Neto e o professor da ESPM e desenvolvimento sustentável, Marcus Nakagawa.

Economia e meio ambiente

O ambientalista Gerson Neto explica essa relação, e como a economia influencia: “O meio ambiente está muito ligado as atividades econômicas. É direta a relação entre as emissões de gases de efeito estufa e as atividades econômicas industriais, transportes. A medida que você aumenta a atividade econômica, você aumenta a emissão de gases efeito estufa”, afirma Gerson.

Ele ainda cita o relatório feito pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), do ano passado, que dizia que teríamos 10 anos para emitir todos os gases para que a gente controlasse as emissões do aquecimento global até 2ºC, e mostra sua preocupação com o novo cenário mundial.

Agenda 2030

Já o professor Marcos Nakagawa fala sobre o mais notável problema para se colocar e se efetivar a parte do meio ambiente, trazido nos três propósitos da Agenda 2030 de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e preservação do meio ambiente.

“Todas as conversas, desde pequeno trabalha-se muito com as questões financeiras. Porque será que a gente não escuta muito um ‘Ah, mas cuidado ai com seu resíduo.’, ‘Cuidado para não emitir muito CO2 na atmosfera.’, ‘Vamos escolher aquele produto que é mais ambientalmente correto.’ e ai a gente tem toda essa questão da economia inclusiva, de uma economia verde.” relata Nakagawa.

Confira o Debate Super Sábado na íntegra:

Emily Fernandes é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceira com o IPHAC e com a Faculdade Sul-Americana (FASAM), sob supervisão da jornalista Letícia Martins.