A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Goiás, a Polícia Federal e o Ministério Público do Trabalho, encontraram doze trabalhadores em condições análogas à escravidão na Fazenda Palmito, na zona rural de Goiânia. Quatro deles vieram do município de Formoso (MG).

Excesso de jornada de trabalho, alojamento em condições precárias e falta de instalações sanitárias foram apenas algumas das inúmeras irregularidades apontadas pelo chefe da seção de fiscalização do trabalho da Superintendência, Valdivino Vieira.

“Péssimas condições do alojamento e do local de refeição, inexistência de sanitários de forma adequada, além do excesso de jornada, chegando a trabalhar mais de 12 horas por dia, não sendo fornecidos almoço, café de manhã, nem jantar, e trabalhando com manuseio de agrotóxicos sem nenhum treinamento ou proteção, entre outras irregularidades”, detalha.

De acordo com o chefe de fiscalização, as pessoas ludibriadas com promessas de bom salário e alojamento digno, normalmente são trabalhadores de origem humilde. O montante de indenização a ser pago para os trabalhadores chega a R$ 48.565,00. O chefe de fiscalização Valdivino Vieira declarou que as guias do seguro desemprego serão dadas às vítimas.

“Será produzido um relatório, que vai ser encaminhado para o Ministério Público do Trabalho. Este vai tomar as devidas ações contra o empregador. Lembrando que colocar alguém em uma condição análoga a de escravidão é crime, previsto no código penal”, relata.

Os quatro trabalhadores vindo de Minas Gerais voltaram para a terra de origem. O restante voltou para Goiânia.

Reportagem: Izadora Louise (Edição: Rafael Ceciliano)