A revista France Football, uma das mais conceituadas publicações no continente europeu, trouxe nesta terça-feira (29), em sua edição, uma reportagem de 20 páginas onde afirma que o Catar comprou a Copa do Mundo de 2022. Mais do que isso: liga o nome de diversos dirigentes de Confederações no mundo, entre eles o de Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A publicação francesa destaca que o Catar pagou uma alta quantia em dinheiro para comprar votos dos presidentes e assim, levar a Copa para o Oriente Médio. Na ocasião, dos 22 votos possíveis, o Catar conquistou 14, algo que soou estranho na época da votação. Até mesmo o ex-presidente da França, Nicolás Sarkozy, teve seu nome envolvido, pois teria feito um pedido para Michel Platini, presidente da UEFA, para que mudasse seu voto e apoiasse o Catar. Platini acabou votando e levando a Copa para o Oriente Médio.

O nome de Ricardo Teixeira foi colocado em suspeita devido a um amistoso realizado em Doha contra a Argentina, em 2010, mesma partida pela qual Julio Grandona, presidente da Confederação Argentina (AFA), foi acusado. Segundo a France Football, a partida rendeu para cada confederação o montante de U$ 7 milhões, quando a média de cada partida da Seleção Brasileira rende “apenas” U$1,2 milhão.

Outro motivo para Teixeira ter sido citado é o contrato da CBF com a ISE, empresa saudita que detém os direitos dos amistosos da Seleção. Segundo a publicação francesa, se trata de uma empresa de fachada, que opera nas Ilhas Cayman, um dos paraísos fiscais.