A taxa de ocupação de leitos destinados à Covid-19 em Goiás chegou a 93,87%, enquanto os leitos de UTI tem a ocupação de 98,41%, conforme atualização às 9h58 desta terça-feira (9). Em entrevista ao Sagres Sinal Aberto, o superintendente de Atenção Integral à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Sandro Batista, explicou que a situação é preocupante, mas que o Estado ainda não vive um colapso.

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“A gente precisa deixar bem claro que por mais que exista essa taxa de ocupação e com fila na própria regulação, as pessoas não estão desassistidas. Porque um colapso é quando a pessoa nem consegue acesso ao serviço de saúde e, então, têm pessoas, hoje, esperando vagas, mas elas estão sobre assistência médica”.

O superintendente afirmou que um colapso dificilmente deve ocorrer no Estado, mas que é preciso reduzir a transmissão, para que menos pessoas se contaminem e estressem o Sistema de Saúde. Neste caso, Sandro disse que é uma questão de lógica: “Se a gente não reduz taxa de transmissão, isso é iminente [colapso]”.

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A fila para pacientes conseguirem vaga em uma UTI, segundo o superintendente, não é dado para definir se há um colapso. Sandro explicou que para ter a fila, é necessário que uma solicitação seja feita ao complexo regulador, o que significa que o paciente está dentro de um hospital recebendo atendimento.

Se tornou comum ver notícias de taxa de ocupação de leitos para a Covid-19 registrarem índices acima de 100%. O superintendente de Goiás detalhou que isso ocorre quando um paciente precisa de UTI, mas na falta do leito, uma estrutura temporária é organizada, que acaba sendo computada como UTI.

O superintendente ainda classificou a situação do Estado como crítica e afirmou que a preocupação maior é em função da disponibilidade de trabalhadores para que novos leitos possam ser abertos. “A gente fez uma abertura de leitos bastante importante nas últimas semanas e isso não deve acontecer de forma tão exponencial, de forma tão robusta, como a gente fez nas últimas semanas. Então, uma situação crítica, uma situação que a gente está acompanhando, mas repito que a gente não está em colapso do Sistema de Saúde”.