O Vila Nova pretende inovar no que diz respeito às escolinhas de futebol, com o projeto Tigrinhos do Vila, realizado em parceria com empresários. As obras no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga seguem em andamento e a previsão de término é para o mês de dezembro, com inauguração em janeiro de 2019.
Em participação nos Debates Esportivos, da Rádio Sagres 730, o empresário Roberto Faustim falou sobre o contrato feito com o clube colorado, contando sobre o surgimento do projeto, que deve receber cerca de dois mil alunos.
“Foi uma ideia do Robinho (Robson Jaber, dono do Campinas, que é sócio da RMT Marketing esportivo), que conversou com o Ecival (Martins, presidente do Vila) para transformar os pés de mangas em um complexo familiar para os vilanovenses. No primeiro momento fiquei meio na dúvida, assim como o Márcio (Moriya). Depois de muito estudo, vimos que seria uma ideia bem interessante”.
Confira outros pontos destacados na entrevista:
Diferencial do projeto
“A partir daí, tive a ideia de fazer algo diferente, que não tem em lugar nenhum do mundo, começando pela grama personalizada, da cor do clube (vermelha). Será uma grama sintética, com uma camada especial, que é para não queimar e deixar as crianças à vontade. Tudo será personalizado, com a cor do clube, além de ter um restaurante, para trazer as famílias para próximo das crianças. Quando não tiver aula, os campos serão alugados para futebol society, as chamadas peladas. Além disso, teremos tecnologia para poder assistir os treinos. Teremos também as lojas do Tigrão e loja dos Tigrinhos, que serão coisas diferentes”.
“Será profissionalismo total. Não teremos alguém empregado porque é irmão de alguém ou algo do tipo. Sempre com pessoas qualificadas, formadas e com estudo. Será algo que não existe no Brasil. Nosso modelo de escolinha é baseado no Barcelona, com os treinamentos, a forma de lidar com as crianças e com os pais”.
Funcionamento das escolinhas e esclarecimento
“Não são parcerias e sim franquias, com o Vila tendo 40% e nós teremos 60%. Nosso foco é no Norte, como Palmas, por exemplo, além, é claro, de Goiânia. Os interessados terão de seguir padrões, como a grama vermelha, sempre passando pelo escritório, o que está previsto em contrato”.
“Não se estende as categorias de base. É dos seis aos treze anos. Chegando aos 13, que é a idade limite, o dirigente (do Vila) tem de ter a habilidade de federar o atleta (registrar na Federação Goiana de Futebol). A partir daí, quando tiver com 16 anos, meu escritório (RMT) entra em cena, se nos interessarmos em empresariar o jogador, mas, inicialmente, não tenho vínculo algum com os atletas, zero por cento relacionado a base. São duas coisas diferentes e não posso misturar”.
Renda
Faustim explicou que, antes da assinatura do contrato com o Tigre, o projeto foi avaliado e teve o aval de conselheiros alvirrubros, além de esclarecer a porcentagem destinada ao clube.
“O meu escritório arrumou um grupo de investidores, inclusive jogadores, que não posso revelar nomes, porque muitos seguem em atividade. Fizemos um contrato e vamos explorar por quinze anos, fazendo todo investimento e o Vila terá dez por cento do valor bruto (loja Tigrinhos, lanchonete, restaurante, aluguel de campo, colônia de férias), em repasse mensal, tudo acompanhado diariamente pelo clube no sistema”
Futuro
“Meu escritório fez o projeto e foi montada uma nova empresa (RNS) para gerir. A mão de obra é toda nossa e o Vila, que cedeu o espaço e a marca, vai receber essa porcentagem durante quinze anos. Depois desse período, toda estrutura passa para o Vila. Se, depois desse período, existir a vontade das duas partes, pode haver renovação por mais quinze anos, mas não é nosso interesse, no momento”.