Antes mesmo do término da Série B, dois jogadores, que estavam fora dos planos, já haviam deixado o Atlético. Além do lateral-esquerdo Mascarenhas, o meia Tomas Bastos também não participou das últimas partidas do time rubro-negro no Campeonato Brasileiro.

Tomas chegou ao Atlético no início do ano com a responsabilidade de ser o principal jogador do clube em 2018. Após bons momentos no Goianão, não conseguiu se firmar durante a Série B. Em entrevista à Rádio Sagres 730, o atleta explica o desempenho abaixo do esperado durante a competição nacional.

(Foto: Paulo Marcos/Ass ACG)

“No Campeonato Goiano eu acho que tive uma boa participação e fui um dos principais jogadores. Já no Brasileiro não aconteceu como eu queria, não consegui atingir as metas que eu tinha. Infelizmente aconteceram algumas coisas, é difícil até de explicar, mas eu tive bons momentos só que quando eu precisei de sequência de jogos isso não aconteceu e isso dificultou uma pouco mais minha participação”.

Para o jogador, a expulsão contra o Coritiba, seu ex-time, na segunda rodada da Série B foi o ponto inicial que o fez perder espaço com o atual treinador Claudio Tencati.

“Acho que onde as coisas começaram a não dar muito certo foi naquela expulsão contra o Coritiba e aquelas situações extracampo, mas creio que depois disso eu consegui dar a volta por cima. Eu tive ons momentos, mas infelizmente não tive sequência que é o que um atleta precisa”, revelou.

Na entrevista, Tomas Bastos citou “situações extracampo”. Questionado se a foto polêmica com o zagueiro Renê após derrota no clássico para o Goiás na oitava rodada, onde os jogadores apareciam com bebidas alcóolicas, havia prejudicado a sequência dele no time, Tomas respondeu que sim.

“Acho que pesou. Apesar de estar em um momento de folga, acho que pesou um pouco. Depois que aconteceu aquilo eu procure me concentrar mais no meu trabalho e dar a volta por cima e eu consegui. O que aconteceu de eu não ter terminado mesmo o campeonato foi depois daquele jogo contra o Sampaio Corrêa houve uma discussão entre mim e um torcedor quando saiu boatos de que eu tinha ofendido a instituição Atlético Clube Goianiense só que eu não fiz isso, até porque é um clube que eu gostei muito, tenho respeito, sempre falei bem e elogiei as pessoas que trabalham lá. Mas acho sim que esse foi um dos principais motivos”, admitiu.

Assim como Mascarenhas, Tomas deixou de participar das atividades no Atlético após o jogo contra o Sampaio Corrêa na 31º, derrota que acabou culminando na demissão do técnico Claudio Tencati.

“O que foi passado para mim é que eles (diretoria) estavam pensando em 2019 e que não contavam comigo. Aí a gente entrou num acordo e eu acabei saindo”, explicou o atleta.

Além disso, confessou que deixou o clube chateado por não ter ajudado no objetivo de subir para a Série A.

“Saí com o sentimento de que não teve aquela missão cumprida. Eu abaixei meu salário para acertar com o Atlético, todos sabem disso e eu fui com o objetivo de ajudar a subir. O grupo era muito bom, jovem e que todo mundo estava querendo vencer. A minha única chateação é não ter ajudado mais a atingir o objetivo que era a Série A”, confessou  à Sagres 730.

Tomas Bastos deixou o Atlético com 34 partidas, sete gols marcados e duas assistências. O atleta tem contrato com o J Malucelli até 2020 e deve ser emprestado para o futebol do Catar em 2019.