(Foto: Divulgação / UFG)
Assembleia universitária, comanda pelo reitor Edward Madureira, atraiu milhares de professores, estudantes e servidores na tarde desta segunda-feira (14) no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, no campus II da Universidade Federal de Goiás. Mais de quatro mil pessoas lotaram o espaço para ouvir do reitor os números a respeito do corte de 30% no custeio das universidades para este ano.
A Assembleia Universitária, que é administrativa, não pode decidir fazer greve ou paralisação, mas foi um preparativo para o evento desta quarta-feira (15). Haverá uma paralisação nacional contra as medidas do Ministério da Educação (MEC). A UFG fará eventos pela manhã no campus II e uma grande manifestação na Praça Universitária, às 15 horas.
A assembleia geral marcada para quarta-feira é uma reação ao anúncio do Ministério da Educação de bloquear 30% dos recursos destinados às universidades e institutos federais de ensino, o que inclui a UFG. O presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg), Flávio Silva, explica que a situação é preocupante e que o reitor está mostrando a “real” situação econômica para a comunidade acadêmica.
“A universidade vem sofrendo redução dos investimentos, cerca de 55% de 2015 para cá, então a gente está trabalhando em duras penas, finalizando as aulas práticas, finalizando as viagens e etc. Então assim, nós precisamos realmente mostrar e trazer a sociedade para defender a universidade” ressaltou.
De acordo com o reitor da UFG, Edward Madureira, o objetivo da Assembleia é esclarecer a população, mostrar a gravidade da situação e principalmente, encontrar formas para reverter a situação. Segundo o reitor, milhares de estudantes poderão ser afetados com o que o governo classifica como contingenciamento. “O que está em jogo é a vida de 30 mil estudantes de graduação, mais 10 mil de pós-graduação e também inúmeras pesquisas no País, conduzidas na Universidade” afimou.
Ainda segundo Edward Madureira, até mesmo o Hospital das Clínicas da UFG pode ser afetado por conta dos cortes de recursos da universidade. “Nesse momento, ele ainda está preservado pelo fato do financiamento dele ser pelo Sistema Único de Saúde, mas certamente o aperto no financiamento da universidade, vai chegar em todas as áreas” avaliou o reitor.
(Foto: Divulgação / UFG)
O estudante de engenharia física, Luís Felipe Silva, justifica a importância do movimento. “É importante a gente nas ruas para mobilizar, para buscar o direito que é nosso, porque é importante o investimento na educação para que a gente receba a qualidade do serviço”.
O Estudante de Engenharia Florestal Rafael Francisco explica que a assembleia não se trata de uma greve. “Queremos paralisar e mostrar um dia, depois outro dia, para mostrar para a sociedade que aqui a gente faz ciência, a gente trabalha, a gente é extremamente importante para o desenvolvimento do país e a gente não vai parar, porque o governo quer que a gente pare, mas não é greve, é mobilização em prol da educação”.