A pergunta que não quer calar que um torcedor do Universo/Goiânia fez à reportagem da 730 é a seguinte: o que acontece no intervalo para o time cair tanto de rendimento? Não foi a primeira, nem a segunda vez que o Universo foi para os vestiários na frente, voltou e perdeu o jogo. Neste sábado, no Ginásio Rio Vermelho, isso voltou a acontecer contra o Macaé, adversário direto contra o rebaixamento, e o Universo vacilou: 72 a 66, a oitava derrota seguida no NBB.

O Jogo

Não teve muita qualidade, mas teve intensidade. O 1º quarto, como tem sido frequente em quase todos os jogos, mostrou um Universo/Goiânia ligado, só que dessa vez com uma diferença negativa: o índice de acertos não foi nada bom. Nos primeiros 10 minutos, apenas 32,7% dos arremessos tiveram como fim a conclusão esperada. Só que, mesmo assim, o time goiano terminou o quarto na frente.

Isso aconteceu porque o Macaé não apresentou tanta resistência e também errava bastante. Teve melhor aproveitamento, é bem verdade, mas pecou no quesito rebotes defensivos. Os goianos conseguiram sete rebotes ofensivos, e com bom rendimento de Fernando Penna, com nove pontos, terminou o 1º quarto com 18 a 15 a favor no placar.

No 2º quarto, o aproveitamento do Universo melhorou, mas o nível de basquete apresentado caiu demais. Fernando Penna, que vinha sendo o melhor em quadra, oscilou e não marcou um ponto no quarto, enquanto do outro lado, o ala Duda, que também havia feito nove pontos no quarto inicial, ficou zerado. Dessa forma, o quarto terminou igual em 12 a 12, e Universo foi para o intervalo com 30 a 27 no placar.

No 3º quarto, que sempre foi aquele do “apagão” do time goiano em quadra, novamente deixou a desejar. O adversário não aproveitou como outros adversário para abrir grande distancia, só que mesmo assim tomou a dianteira do placar. O Macaé conseguiu distribuir mais o jogo, enquanto que, entre os goianos, apenas Fernando Penna conseguia manter uma boa média. No fim do quarto, o Macaé passou a frente: 47 a 46.

O último e decisivo quarto foi o melhor do time goiano em termos de aproveitamento, mas também foi o melhor do lado carioca. Mesmo ganhando o dobro dos rebotes (8 a 4), o Universo pecou demais ao tentar, de forma desesperada, acertar bolas da linha de três: foram oito tentativas e apenas três delas convertidas. Além disso, exagerou no número de faltas e os lances livres decidiram o jogo: 72 a 66 para o Macaé.