SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Festival de Veneza, o mais antigo do mundo, começa no dia 2 de setembro em uma edição totalmente diferente das anteriores. Ao contrário de outros festivais, que ou cancelaram as edições deste ano ou optaram por um modelo virtual, Veneza manteve a programação, adaptada aos tempos de pandemia.

Distanciamento no tapete vermelho, uso obrigatório de máscaras em todos os lugares, como filas e salas de exibição, e medição da temperatura estão entre as medidas adotadas.
Tudo para manter uma tradição que começou em 1932.

A primeira “Esposizione d’Arte Cinematografica” surgiu como parte da Bienal de Veneza, sem caráter competitivo. Na programação estavam filmes como “Aconteceu Naquela Noite”, de Frank Capra, e “O Campeão”, de King Vidor.

A segunda edição aconteceu dois anos depois, já como mostra competitiva e com a participação de 19 países. Não havia júri, como hoje. Os prêmios foram definidos pelo presidente da Bienal, após ouvir especialistas e público.

A partir de 1935, o festival se tornou anual. A cada ano, o número de filmes apresentados e de países participantes crescia, e os astros como Marlene Dietrich passaram a desfilar no Lido, onde o festival é realizado até hoje.

O início dos anos 1940 trouxe a Segunda Guerra Mundial. O festival aconteceu três vezes de 1940 a 1942, com exibições temporárias e apenas com filmes de países simpatizantes ou integrantes do Eixo.

Em 1946, o festival voltou ao formato competitivo, e três anos depois passou a conceder o Leão de Ouro, o prêmio máximo de Veneza, aos melhores filmes. A partir dos anos 1950, o festival se expandiu ano a ano, abrindo-se para cinematografias fora da Europa e premiando diretores como Michelangelo Antonioni, Akira Kurosawa, Jean-Luc Godard e Robert Altman.