Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A pouco menos de duas semanas do Carnaval, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves cumpriu agenda em Goiânia para tratar sobre o caso do médium João de Deus, preso e acusado de abusar sexualmente de centenas de pessoas, entre mulheres, crianças e adolescentes. 

Em entrevista coletiva após reunião com integrantes do Ministério Público, a titular da Pasta no governo de Jair Bolsonaro afirma que vai combater duramente o crime de violência sexual, e mandou “recado” aos turistas que virão para o Carnaval no país nas próximas semanas.

“Não vamos dar mole. Governo Bolsonaro está vindo aí, e vindo forte. Esta é uma nação que turistas vêm do mundo inteiro para pegar nossas meninas e meninos, e a impunidade ainda é uma realidade. Estamos mandando um recado para os turistas agora no carnaval. Venham dançar muito no Brasil, mas não venham pegar criança aqui, não. Bolsonaro é o presidente do Brasil. Damares é a ministra das mulheres. Temos um Ministério Público forte nessa nação. Acabou a brincadeira”, afirma.

João Teixeira de Faria, o João de Deus, está preso desde o dia 16 de dezembro de 2018, e cumpre pena no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Mais de 600 denúncias em todo o país já foram recebidas contra o religioso em todo o país na força-tarefa entre MP e Polícia Civil. O médium nega todas. Damares Alves encoraja as vítimas a quebrarem o silêncio.

“Tenham coragem de denunciar. Temos no Brasil pessoas sérias nos Ministérios Públicos, e se tiver alguma mulher vítima desse agressor, em especial, que ainda não teve coragem de se pronunciar, se pronuncie., o mais rápido possível. Aqui no Estado de Goiás, a equipe é muito séria e muito ética”, aponta.

Ainda de acordo com a ministra, deverá ser apresentado nas próximas semanas no Congresso um projeto de lei que deixa mais severa a punição para líderes religiosos que cometerem violência sexual.

“Já estamos pensando na possibilidade de ser uma qualificadora. Estamos trabalhando nessa proposta porque são inúmeros casos que temos registro. No Disque 100, no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, temos números absurdos de ocorrência com crianças e com mulheres, e que o autor da violência é um sacerdote, é um líder religioso”, conclui.