O decreto baixado pelo prefeito, Paulo Garcia (PT), que determina o fim do pagamento de salários maiores que o teto constitucional a servidores, e ações do Ministério Público do Trabalho sobre a mesma questão, motivam os vereadores de Goiânia a evitarem a abertura de uma comissão para apuras os super salários pagos na prefeitura.

A Comissão Temporária foi criada logo depois que os parlamentares rejeitaram a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito, que teria mais poderes para investigar, e até indiciar, os responsáveis pelos pagamentos irregulares. O presidente da Câmara, Clécio Alves, explica porque a Temporária ainda não foi criada.

Nós estamos aguardando a indicação de todos os líderes partidários para que essa comissão que será compsota por 12 vereadores seja formalizada e legalmente constituído. É sabido que  o prefeito Paulo Garcia já tomou providências nesse sentido fazendo um decreto determinando que nenhum servidor da prefeitura de Goiânia receba acima do teto.

Apesar da posição do presidente da Câmara, o vereador de oposição Elias Vaz afirma que o decreto que impede pagamentos acima do teto não é suficiente para impedir as ilegalidades na folha de pagamento da prefeitura.

A medida do prefeito é um paliativo que é importante, mas não é suficiente. Por exemplo, tem um gari que ganha quase o salário do prefeito. Enquanto todos ganham 1 mil reais, um ganha 18 mil? Isso pode?

Eu neguei a participar porque é uma coisa de faz de conta. Se não for usar o instrumento da CEI, que tem poder de polícia, eu prefiro continuar investigando sozinho como estou fazendo.

Não existe prazo para a instalação desta Comissão Temporária que deveria apurar a questão dos super salários na prefeitura de Goiânia.