O público total foi divulgado antes do início da partida – 13.607. A torcida esmeraldina como sempre iluminou o Estádio Hailé Pinheiro. As luzes dos smartphones produziram cenas de rara beleza. O brado retumbante de cada torcedor ecoou forte em toda a Serrinha. O clima de vitória estava pronto.

Depois que a bola rolou tudo se transformou em desilusão, vergonha, tristeza, constrangimento. Os jogadores do Goiás Esporte Clube não absorveram as energias positivas emanadas das arquibancadas. O time foi irreconhecível, apático, morto. Aliás, o time não tomou WO no primeiro tempo – conforme observou o jornalista Elder Dias – isso porque os jogadores estavam fisicamente em campo. O árbitro Luiz Flávio de Oliveira, se quisesse, poderia ter suspenso o jogo por falta de luta dos atletas. Foi um vexame! Os esmeraldinos literalmente assistiram ao desfile dos atleticanos em pleno Estádio Hailé Pinheiro.

Faltou coração! Não teve pegada.

No segundo tempo, o técnico Jair Ventura, que vem tirando leite de pedra, chutou o balde. Saiu com esquema 3-5-2, para o 4-2-4 com as entradas de Dadá Belmonte e Vinícius. O esquema kamikaze era tudo que o Atlético precisava. Aos 19 minutos do segundo tempo, Marlon Freitas, que jogou como um príncipe, de pênalti liquidou a fatura. Goleada. O vexame estava consolidado! Vergonha, prejuízo esportivo e financeiro. Em pranto o torcedor esmeraldino foi embora com o sentimento ferido e com vontade de nunca mais voltar.

Os jogadores não lutaram. Isso é fato, mas a diretoria do Goiás também errou ao liberar o único meio-campista do elenco. Os dirigentes poderiam ter negociado a permanência do Elvis pelo menos para este jogo decisivo da Copa do Brasil.

Agora, resta ao Verdão a obrigação da permanência na Série A do Campeonato Brasileiro. Pelo andar da carruagem, será preciso uma reviravolta interna na gestão do futebol. Ou a diretoria entra em campo com a contratação de reforços pontuais ou 2022 se transformará em mais um ano a ser esquecido pelo torcedor esmeraldino.