MICHELE OLIVEIRA MILÃO, ITÁLIA (FOLHAPRESS) – O premiê da Hungria, Viktor Orbán, 58, foi eleito para o seu quinto mandato, o quarto consecutivo, neste domingo (3), indicam resultados preliminares. Com 71% dos votos apurados às 22h47 (horário local), o Fidesz já havia conquistado 134 das 199 cadeiras no Parlamento, enquanto a chapa de oposição havia vencido 58 assentos.


Ainda não é possível afirmar se, como em 2010, 2014 e 2018, o populista de ultradireita também obterá dois terços do Parlamento, a maioria que o permite aprovar mudanças na Constituição sem depender das demais forças políticas. Em 2018, sua vitória nas urnas foi de 133 cadeiras.


“Nós vencemos”, escreveu Orbán, às 22h44, em sua conta no Twitter. Se confirmada a vitória, Orbán poderá acumular 16 anos como chefe de governo, um dos mais longevos da Europa.


Unida pela primeira vez, a aliança de oposição, formada por seis partidos, da esquerda à direita, foi representada pelo candidato Péter Márki-Zay, 49, um prefeito do interior, religioso e pai de sete filhos. Escolhido em primárias realizadas dentro da ampla coalizão, seu nome era considerado um trunfo para derrotar Orbán, por ser ele também um político do espectro conservador.


Márki-Zay foi derrotado em sua própria cidade, Hódmezovásárhely, onde ele é prefeito desde 2018. Ali, perdeu para um candidato do Fidesz, mesmo de Orbán.


Pouco antes do encerramento da votação, o candidato acusou o adversário de fraudes. “Ônibus, distribuição de alimentos, chantagem com obras públicas, é assim que o Fidesz age. Lutamos até o último minuto”, afirmou.

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