Walter Ibáñez teria pedido inicialmente cerca de R$ 700 mil de indenização (Foto: Divulgação)

Tramita na 18ª região do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Goiânia ação do jogador Walter Ibáñez contra o Vila Nova Futebol Clube. Em primeira instância, o clube goiano perdeu o recurso e recorreu da decisão. 

O presidente Ecival Martins explica que houve interesse pelo zagueiro uruguaio no início de 2017, juntamente com a contratação de um atacante, que acabou não vindo, o que acarretou na desistência por parte do clube em relação a Ibáñez. 

“Houve um interesse da minha parte em dois jogadores: um centroavante, que a gente tinha um grande interesse que ele viesse, e foi oferecido o centroavante e esse zagueiro. Só que o interesse principal do Vila era no atacante. Como o atacante (sic) nós havíamos feito um pré-contrato, e o atacante resolveu não vir, e aí ao não vir, eu desisti da contratação do outro, porque não era interessante para a gente. E aí depois, passado um tempo, nós fomos surpreendidos com essa situação”, relata.

No julgamento, a defesa do Walter Ibañez pediu cerca de R$ 700 mil, e o juiz concedeu apenas metade do valor. “É uma esperteza desse jogador que quis ‘dar uma perna’ no Vila Nova, mas o nosso departamento jurídico está muito atento. Na primeira audiência, na primeira instância, ele ganhou, já houve essa situação, e a gente entrou com recurso. Então a gente está tranquilo”, afirma o presidente colorado. 

Segundo Ecival Martins, toda a negociação se deu somente por e-mail. Nenhum representante do Vila chegou a ir ao Uruguai, e ninguém representando o jogador veio até Goiânia. “Não existe isso, esse jogador nunca pôs o pé em Goiânia. Acredito muito na Justiça, porque é uma esperteza que não tem tamanho. Esse tipo de procedimento não pode prevalecer de maneira nenhuma. O Vila é um clube sério hoje, que procura honrar seus compromissos. O Vila não deve um centavo a esse cidadão”, alega Ecival. 

Ainda de acordo com o presidente do Tigrão, uma das justificativas do uruguaio para reivindicar a quantia é a de que teria se preparado para atuar pelo clube goiano. “Ele alega que se dedicou a essa situação, que treinou, que estava preparado, uma série de coisas que… absurdo. O cara nem pôs o pé no Brasil e quer levar um dinheiro como se a gente fosse bobo” “Não há vínculo trabalhista, o Vila não assinou a carteira dele, não registrou ele, ele sequer chegou a Goiânia. Se eu perguntar a ele que cor é a camisa do Vila, eu tenho certeza que ele não sabe”, pontua. 

A advogada do Vila Nova, Tathianne Uchoa, afirma que o clube ainda não foi notificado da decisão, e que o mesmo vai recorrer.