Sagres em OFF
Rubens Salomão

Vitor Hugo: ‘nenhum candidato apoiará Bolsonaro ou o fortalecimento da direita em Goiás’

Na primeira entrevista concedida depois das movimentações de Gustavo Mendanha (sem partido) junto à base bolsonarista em Goiás, o deputado federal Major Vitor Hugo (ainda no PSL, rumo ao PL) cravou que nenhum pré-candidato ao governo estadual apoiará diretamente a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). A exceção, claro, seria o próprio Vitor Hugo, que ainda busca consolidar candidatura ao Palácio das Esmeraldas. O ex-líder do presidente da Câmara Federal aponta ainda que nenhum dos projetos apresentados em Goiás busque realmente fortalecer a direita.

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Depois de repetir em detalhes os fatores que afastam o presidente do governador Ronaldo Caiado (DEM), Vitor Hugo completa a análise sobre os outros pré-candidatos colocados, inclusive o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha. “Do outro lado, os outros candidatos que se apresentara, nenhum fará, com certeza, uma campanha voltada para este aspecto do fortalecimento da direita ou para apoiar a reeleição do presidente Bolsonaro, que nós temos como o principal objetivo político desse ano”, afirmou à Rádio Jovem Pan, neste domingo (30).

Mesmo sem citar Mendanha diretamente, Vitor Hugo rebate as movimentações realizadas pelo prefeito na última semana, em Brasília, com o objetivo de garantir apoio do partido ao qual Bolsonaro se filiou – o PL, levando a reboque o PP, comandado em Goiás pelo ex-deputado Alexandre Baldy, que garantiria, se o acordo vingar, a vaga para disputa ao Senado. Vitor Hugo também retomou no fim de semana as conversas sobre a eleição em Goiás, depois de isolamento e tratamento por conta da infecção por covid-19.

Bolsonarista

A resposta indireta do líder do PSL na Câmara dos Deputados parece buscar atingir declaração dada pela deputada Magda Mofatto (PL), na última semana, em entrevista à Sagres. A comandante do PL em Goiás cravou que “Gustavo Mendanha é bolsonarista” e que o PL e o prefeito já estariam “conversados”. “Ele (Mendanha) vai pedir votos para Jair Bolsonaro, assim como o PL todo”, disse a parlamentar.

Segundo plano

O debate em torno do projeto de revisão do Plano Diretor de Goiânia deverá passar para o segundo plano na retomada dos trabalhos na Câmara Municipal. A primeira sessão ordinária do ano será marcada pela revolta de vereadores da base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) com os casos de aumento do IPTU além do que havia sido previsto pelo Paço na tramitação do Código Tributário.

Boletos

Os valores foram fechados pela Secretaria de Finanças no dia 2 de janeiro e lançados para consulta pública e geração dos boletos no último dia 20. De lá para cá, vereadores têm sido cobrados porque 63% dos imóveis tiveram algum reajuste, diferente dos 51% de redução ou isenção prometidos no CTM. E em alguns casos, com elevação superior ao gatilho de 45%, definido no código.

Foto: Depois de votar a favor do CTM, vereador, como Leandro Sena, se revoltam com aumento de IPTU.

Revolta

O líder do partido do prefeito, o Republicanos, vereador Leandro Sena, e o vereador Ronilson Reis (Podemos) puxam a fila dos descontentes e pretendem cobrar revisão dos valores pela Secretaria de Finanças. Em ano eleitoral, Ronilson ameaça até ir para a oposição na Casa.

Enquanto isso…

O Plano Diretor volta a ser alvo de debate nesta segunda-feira (31), às 9h, em última audiência pública antes da segunda votação em plenário. O projeto, no entanto, recerá dezenas de emendas e voltará a ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Foto: Leo Iran

Discurso

O ainda secretário da Fazenda do estado de São Paulo, Henrique Meirelles (PSD), usa números do passado para avançar na pré-candidatura ao Senado por Goiás. Em entrevista ao Poder 360, neste domingo (30), o anapolino lembrou do período à frente do Banco Central, ao longo de todo o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Empregos

“Quando eu fui presidente do Banco Central do Brasil foram criados em Goiás cerca de 350 mil empregos, o que significou que mais de 1 milhão de goianos levando-se em conta a família, saíram da pobreza. No Brasil como um todo, foram quase 11 milhões de empregos criados e mais de 50 milhões saíram da pobreza”, afirmou.

Paralelo

Para Meirelles, os números mostram que ele estaria preparado para se tornar senador. “É uma história completa e uma experiência bem-sucedida, já a mostrada que eu posso levar e será o trabalho que pretendo desenvolver no Senado Federal”, pontua.

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